quarta-feira, 25 de outubro de 2006

MORNO

Para Lucimara Hayoama

Olho com modorra
os olhos meus sem vida
igual ao de todos nessas formas
nessas formas de (sobre)viver
padronizadamente seguros
calculando riscos e lucros e dias
pro futuro mais feliz que chegará de certo
na estrada mesma de sempre, mesma de todos, maleficamente mesma
nascendo, crescendo, reclamando, reproduzindo-se, morrendo.

(Fabio Rocha)

2 comentários:

Luzzsh disse...

Por que a gente nunca basta, não, querido?
A gente geralmente bota a culpa nas faltas, mas à medida em que elas vão sendo supridas, descobre-se que ainda não era isso também.....Ah, como eu entendo suas palavras, como as sinto.....(e como eu lembro de uma vez que vc nos chamou de “viciados em reclamar”, rs......)

Adoro vc.

Beijos

Anônimo disse...

Por isso que parei de reclamar...
A vida é sempre perfeita... A gnt é que não sabe.
Olha a magia das coisas TODAS à sua volta...
Espero jamais ter meus olhos sem vida, até o momento de minha morte...
Ao contrário, eles fervem.. A cada dia qdo me encaro no espelho!
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