quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Corte - 10 anos de poesia - Fabio Rocha - editora Ibis Libris - Rio de Janeiro - 2004

Corte - 10 anos de poesia - Fabio Rocha


Meu livro Corte foi lançado em papel pela editora Ibis Libris em 2004. A editora foi a Thereza Rocque da Motta. Foi de uma coletânea com aproximadamente 120 poemas selecionados por mim mesmo, nos últimos 10 anos. Atualmente ESGOTADO, mas em 2022 achei à venda aqui na Amazon.

Autor(es): FABIO ROCHA
Capista: PAULO VERMELHO
POESIA BRASILEIRA
Páginas: 96
Formato: 14X21
Edição: 1ª
Idioma: PORTUGUÊS
Ano: 2004 

  • Resenha:
“CORTE”: A Magia da Poesia

O título é significativo: “Corte”. Ruptura, divisão. Ferimento... Muitas as leituras possíveis: costurar, alinhavar o que se pode construir, separar algo em partes, aparar.
Pois todas essas leituras e outras mais encontram-se no livro “Corte”, de Fabio Rocha. Mas como o livro ostenta um subtítulo “10 anos de Poesia”, creio que a melhor expressão seja a de um corte fechado, já suturado, à espera de um recomeço.
O autor, apesar de sua já intensa estrada poética (consta em seu currículo sete livros de poesia, sendo, a grande maioria e-books que podem ser conseguidos gratuitamente no site do poeta, “A Magia da Poesia”, um dos melhores deste incrível mundo eletrônico), devido aos intrincados caminhos da crítica literária, é, ainda, praticamente desconhecido nos meios literários, apesar de elogios à sua obra vindos por categorizados poetas contemporâneos, como Ricardo Alfaya, Elaine Pauvolid, Affonso Romano de Sant’Anna, Ítalo Moriconi, entre outros. “Corte” serve para contextualizar o trabalho deste jovem poeta carioca, formado em administração pela UERJ.
Toda seleção carrega em sua feitura algo de arbitrário, como o gosto pessoal de cada selecionador, por exemplo. Entretanto, quando ela é realizada pelo próprio autor, a missão, aparentemente mais fácil, pode se tornar mais difícil devido à proximidade do criador com a criatura, e tudo o que o envolve em paixão e emoção. É um risco que se corre. Ganha-se, contudo, porque a seleção mostra, assim, um pouco mais sobre o seu autor, inclusive sua linha criativa, suas principais referências pessoais e, no caso, literárias. Portanto, os “melhores poemas” de Fabio Rocha – vistos por ele mesmo – encontram-se, objetivamente, nesta coletânea, em boa hora vinda a lume, pela Íbis Libris.
A principal característica que se pode inferir aos seus poemas é que possuem unidade estilística, embora nem sempre ocorra unidade temática, talvez, justamente, por se tratar de um apanhado geral de toda uma obra. Todos os temas são válidos ao poeta, notando-se uma procura incessante da perfeição estilística, na busca da palavra certa, na eliminação do excesso. Como exemplos, o belo “A foto”: (...) Uma família fotografa o crepúsculo./ O mar diz que não caberá na foto.”(...) Ou, “Subúrbio”: “As pessoas na rua / aplaudem / as casas sem campainha.”
Essa depuração dos versos o leva ao poema curto – curtíssimo – quase haicais, às vezes correndo o poeta o risco de repetir-se ou mesmo cair na tentação dos trocadilhos ou do poema-piada, que tanto mal vêm fazendo à boa literatura. Mas Fabio consegue se salvar da tentação e em sua grande maioria a sua contundência traz à baila versos extremamente bem construídos, elaborados em técnica e forma, afastando-o daqueles que são meros fazedores de versos – e que, obviamente, nem sempre podem ser considerados poetas, na acepção primeva da palavra, ou seja, criadores.
Fabio Rocha dribla esses percalços e constrói uma poesia límpida e lírica, sem hermetismo para inglês ver, sem chavões, fazendo de seu “Corte” – e da seleção de seus poemas – uma divisão de fronteiras entre o passado e o futuro. Sabe que, depois dele, sua obra estará exposta, com todo o sangue, suor, dor e alegria que ela contém, e que os passos seguintes serão o da construção de uma nova arquitetura poética, com a mesma consciência pessoal e social, com seu olhar humanitário, como se o “corte” servisse, principalmente, para a desconstrução de um ser e o (re)nascimento de um novo, de um outro-mesmo, com iguais e imensas possibilidades. Afinal, como o poeta diz no poema dedicado a Cecília Meireles, “A poesia da rosa / é seu espinho”.
Que venham, portanto, novos “cortes”.

TANUSSI CARDOSO

Poeta, jornalista, Vice-Presidente do Sindicato dos Escritores do Estado do Rio de Janeiro


(Resenha publicada no Jornal RIOLETRAS de maio de 2005)


  • Críticas:
"Maravilha!!!!!!! Um livro que reflete todas as nuances do SER humano! O melhor desse sensível poeta carioca está contido nessa obra! Com as bençãos de Drummond, Quintana, Gullar e todos os grandes mestres, Fabio Rocha emociona, diverte, alerta, "sacode" nossa "poeira sentimental". Recomendo este e todos os seus outros ("Tudo Pelos Ares", "A Magia da Poesia", "Na Medida do Impossível" etc.). "
Fábio de Souza Neto (opinião no site SUBMARINO, 26/01/2006)
"O seu 'Corte' mágico
recorta de um mundo estéril,
sem ser trágico,
o viço de uma poética fértil."
Paulo Emílio Matos Martins (e-mail de 11/01/2006)
"Sua poesia é clara, forte, corajosa, direta, surpreendente."
Artur da Távola (carta de 14/03/2005)
"Fabio, já estou na terceira (re)leitura do livro. Isso, em poucos dias. Foi (está sendo) mesmo uma incisão no cotidiano (com precisão cirúrgica). Com certeza, desse corte restará uma marca indelével na minha alma. Encantada."
Valéria Tarelho (mensagem no orkut de 20/04/2005)
"Corte é uma seleção poética feita pelo próprio autor, alusiva aos seus 10 anos de atividade literária. É uma síntese do melhor, da poesia forte, que sugere, que prende a atenção do leitor."
Luis Turiba, Gláucia Ribeiro Lira e Marcelo Lucena (Resenha publicada no site "Jardim de Poesias", do Ministério da Cultura - 2005)
LI SEU LIVRO CORTE ONTEM À NOITE. PARABÉNS, SÃO POEMAS SIMPLES E MUITO AGRADÁVEIS DE LER. UM ABRAÇÃO
Mano Melo (mensagem e-mail de 04/07/2005)
"Acabei de receber teu livro do Submarino! (...) Um beijo meu amigo, teu livro é uma fonte de onde jorram inexpugnáveis letras, belas, permeadas por prazeres de tua essência de poeta. Lindo! Parabéns."
Priscila Holanda (recado no orkut de 16/05/2006)
"POEMA NAVALHA
Um corte
nos olhos
de quem dorme."
Sérgius (poema de 07/2006)
Konban wa.
O que posso dizer?
O que posso dizer? Quando li "tenho sorte/ ao menos tento forte/ (mesmo que nem sempre acerte)/ fazer do ócio/ arte"... isso me tocou. Vi minha descrição (nossa?) em um espaço tão curto que me assustei!
Acho que o único livro de poesia que li inteiro sem ficar com sono. Excelente livro.
Moisés Shonin (crítica por email)
Para aqueles que ainda não conhecem, é do Autor Fábio Rocha, o livro chama – se Corte, e as poesias são belíssimas fazem refletir e algumas divertem ao mesmo tempo! É muito legal o livro tem Haicai, poemas curtos, longos para todos os gostos! Li o livro em 2006... vale a pena ler!
Letícia Coelho (publicado em 11/1/2008 no blog Mostra Plural )



ISBN-13: 9788589126410

ISBN-10: 8589126412
Ano: 2004 / Páginas: 96
Idioma: português
Editora: Ibis Libris

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