domingo, 19 de outubro de 2008

ALÉM DO CINZA

Resisto e crio.

Escolho palavras arbitrariamente
sem motivo claro
que a noite é negra.

Sim, é verdade
isso não dá dinheiro
não acalma como Deus.
(E não tenho Bacharelado em poesia, inclusive, senhor Juiz de cartão amarelo.)

Poesia enloucresce, inclusive...
Assusta amigos mudos, pássaros de chão
e traz a tona mares inexistentes mas tão enormes...

Mas não me pergunte sobre ganhos e perdas de tempo, fama ou dinheiro.
Não me pergunte sobre contas e números e planos!
Engenharia só encontrou a poesia raramente em João Cabral...

A noite é negra.
Assim sendo,
o que mais poderia eu fazer?

(Fabio Rocha)

OBS: Participando do projeto "À Luz da Leitura", recebi esta maravilha de interpretação do próprio Paulo, do poema.

2 comentários:

Adrianna Coelho disse...


poesia enloucresce, sim...
e a noite é negra
e não carece de lucidez
a poesia cura
e a lou
cura tbm

p.s. adorei a busca!

Fabio Rocha disse...

Que bom, Pavitra! Adorei os comentários. Vou te visitar agora. ;)