terça-feira, 26 de maio de 2009

SALA DE ESPERA (MUDANDO DE ANALISTA)

Sentamos na sala de espera. O som do silêncio é o relógio de parede que quebra, por não estar quebrado - infelizmente. Dura três longos minutos. Fala-se, então, das novas descobertas científicas na revista que podem nos fazer viver mais. Me pergunto para quê. E a caverna subterrânea, da beira do profundo nos observa, repleta de silêncio e coisas escuras por dizer. Entreolhamo-nos, semiconscientes dela mas sem coragem. O não-dito. O relógio segue. Ninguém desce a si.

(Fabio Rocha)

6 comentários:

Stella disse...

Nossa, quanta profundidade! Que silêncio seco. Sinto até o respirar pesado no ambiente, as desconfortáveis pausas no assunto, os olhares de soslaio...

Que lindo...
denso demais.

Não é um começo. Tem começo, meio e fim.
E se repete desde o princípio (dos tempos).

beijos orgulhosos :-)

Fabio Rocha disse...

Meu amor, que bom ter te tocado assim!! :) Beijos

Cosmunicando disse...

o tic tac do relógio parece uma bomba no meio desse silêncio... muito denso, cena marcante.

Fabio, "peguei" um poema seu e coloquei no Literapura com os devidos créditos, espero que não se importe.

beijos

Fabio Rocha disse...

Legal, um prazer participar desse belo blog! Beijos

Marcelino disse...

As salas de estar, às vezes, tornam-se salas de mal-estar, de se estar mal, de se sentir mal, basta que se vislumbre, por trás de suas cortinas,essa caverna de silêncios.

Fabio Rocha disse...

É verdade... Obrigado pela visita!