quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

ESTADO PLEXO

Para Vanessa Souza Moraes

é quando
leio a coisa certa
(ou a errada)

e quando uma música lenta

e quando uma cena cortada

acho maravilhoso
a princípio
(oh, momento de glória!)

e no seguinte

sumo eu
e qualquer fruto de precária paz
resta flutuando
no meio de tudo
além do espaço
esse peito indefinível
em chamas, em pânico, em frenesi de dor, ácido

e estou fora do tempo
longe do momento
o passado é i-n-a-c-r-e-d-i-t-á-v-e-l
e o futuro, imprevisível

(Fabio Rocha)

8 comentários:

Vanessa Souza disse...

Bravo!

Grazie mille!

Fabio Rocha disse...

Eu que agradeço pela (ins)piração do seu texto. :)

Juan Moravagine Carneiro disse...

Bela construção!

Fabio Rocha disse...

Obrigado, Juan! O plexo acalmou mas o poema ficou. ;)

Érica Ferro disse...

Bem verdade, bem verdade.
Gostei bastante.

Fabio Rocha disse...

Obrigado, Erica!

Anônimo disse...

Esta coisa de se ser intenso até na efêmera chama.

Muito bonito o poema, Fábio.

Um beijo.
.
.
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Katyuscia

Fabio Rocha disse...

Obrigado, Ka!

Beijão