sábado, 6 de fevereiro de 2010

AMON HÁ FICTÍCIO

palavras escarpadas
dentifrício de céu
falésias e falências
desabando em câmera lenta
bonitas

elas

bonitas musicais inteligentes criativas novas
lavrar noites em silêncio e solidão acompanhada
colher dias de amor
algodão-doce
tudo claro
tudo causticamente claro e infantil

eras

seguir só sem se curvar ao vento
alimento
de lembranças

o edifício
o difícil fechar de todas as janelas e portas
em si mesmo
quando do cansativo alcançar o sol
inalcançável

(Fabio Rocha)

4 comentários:

Evandro L. Mezadri disse...

Belíssima poesia Fábio, admiro seu trabalho, visitarei mais vezes.
Grande abraço, sucesso!

Fabio Rocha disse...

Obrigado evandro!

Tem uns dias estranhos... Onde saem uns poemas estranhos... E o pessoal demora a comentar. Quase me preocupo nessas horas. :D

Abração

Bárbara Grou. disse...

Não se preocupe, é que sabe, algumas coisas dispensam comentários, são suficientes. Muitas vezes entro aqui, leio e não comento. Seus poemas bastam.
:*

Fabio Rocha disse...

Valeu, Bahh. A maioria é mesmo silenciosa em qualquer site ou blog. Talvez na vida. :) Beijos