sábado, 13 de março de 2010

ADRIANE

minha língua
toca o céu
para falar
o seu nome

(Fabio Rocha)

6 comentários:

Canteiro Pessoal disse...

Ah, Adriane's, há homens tocando suas línguas até o céu. Não percebem que seu nome é grito em pele? E estes cantam quando pronunciam seu tão desejoso nome em soletramento. A-D-R-I-A-N-E-'s!

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A curva dos teus olhos
dá a volta ao meu peito
É uma dança de roda e de doçura.
Berço noturno e auréola do tempo,
Se já não sei tudo o que vivi
É que os teus olhos não me viram sempre.
Folhas do dia e musgos do orvalho,
Hastes de brisas, sorrisos de perfume,
Asas de luz cobrindo o mundo inteiro,
Barcos de céu e barcos do mar,
Caçadores dos sons e nascentes das cores.
Perfume esparso de um manancial de auroras
Abandonado sobre a palha dos astros,
Como o dia depende da inocência
O mundo inteiro depende dos teus olhos
E todo o meu sangue corre no teu olhar.

Éluard, Paul (1895- 1952)

Abraços ave rara,

Priscila Cáliga

Fabio Rocha disse...

Lindo, Pri, obrigado!!!

Canteiro Pessoal disse...

Fabio,

homem que jorra vinho em dedos. Lindo, ah, como é lindo! Sou remetida de que lindo é o olhar que é vencido pelo indizível e palavras declaram nudez. Encontro das mãos, grito submerso nos lençóis que exalam fragrância. No
entardecer na praia, em delícia e espreguiçados, as retinas filtram a luz que sobra do dia. E se bebe o saberas, mesmo que a cegueira tente nos saquear, porque no abrir da porta está uma embriaguez perfeita.

Paz, agora vou indo e obrigada pela delícia de cantinho que é o teu.

Priscila Cáliga

Cria disse...

Maravilhoso, poeta amigo !! Linda expressão ! Beijo.

Fabio Rocha disse...

Obrigado pelo sábado feliz. :)

Álvaro Andrade disse...

muito bom.
o céu da boca é maior que o do mundo.