sábado, 29 de janeiro de 2011

CANSAÇO DA ESBÓRNIA

não ter assunto
falando alto

lutemos sob luzes que piscam
mas não iluminam

música pra não ouvir sua boca
trevas pra não ver sua pele
álcool pra não degustar sua azeda s-u-p-e-r-f-i-c-i-a-l-i-d-a-d-e

dancemos
(iéiééé)

não

não nos enganemos:
nada em mim quer mais essa porra
(costas que se afastam da mão)

tudo não faz efeito
dá no mesmo
tanto faz

(somos mais)

comida cara
e eu com fome de macarrão

infinitas possibilidades
de solidão acompanhada

dito isto
após enormes progressos conquistados na tentativa
(arerê no ouvido e, na boca, batatas)
chega de dar murro em ponta de faca

daqui pra frente, sem imundície:
isto é sangue, suor e burrice

(Fabio Rocha)

3 comentários:

Ígor Andrade disse...

Eita!
Vou nem perguntar, mano.
Mas o poema foi bom!
Abraço!

Fabio Rocha disse...

Geminianamente fiz outro poema com o lado bom da coisa. :)

Abração, amigo

untitled disse...

Forte. Gostei!