quinta-feira, 31 de agosto de 2006

PAZ: A CHEGADA

A luz faz
muito silêncio
mas
a escuridão traz
revoluções e incêndios.

A luz celestial templária faz
ascensão de almas inexistentes
num céu de anjos tortos
e deuses julgadores mortos.

No entanto,
sozinho
no silêncio da luz da casa simples
além do tempo crono-lógico
a escuridão crepitante brilha
(perdida e recuperada).

(Fabio Rocha)

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

ESTRELA DO CÉU DA BOCA

É tarde...

Lá fora as horas passam
no escuro.

Dentro em mim um anjo puro
deixa tudo claro.

(Fabio Rocha)

DESISTIDOS TÍTULOS

Vende 7 selos
grita no vermelho
sente o teu silêncio...

Sente o teu silêncio
olha quem vem nele
pára de correr.

Sente teu silêncio
no banco da pressa
olha o que se passa
natureza morta.

Sobe o teu olhar
sabe o teu olhar
sábio teu olhar
pra dentro.

(Fabio Rocha)

sexta-feira, 25 de agosto de 2006

quinta-feira, 17 de agosto de 2006

(ME)

amaldiçoo o silêncio
que me leva a
(me) criar

(Fabio Rocha)

MICROHIPOCRISIA

eu não vivo de comer alface
pelo bem dos animais
porque as planárias
também têm ideais

(Fabio Rocha)

DA INTERPRETAÇÃO DO SONHO

Era eu num barco.

Ao lado, uma baleia preta
enorme como meu desejo.

Cientistas tentavam
contê-la, entendê-la, estudá-la.

Eu a admirava.

E ela mergulhou
livre
se foi lentamente.

Virou noite
e uma mulher sem rosto me disse
que as baleias, antigamente
eram livres pra nadar nas estrelas.

(Fabio Rocha)

quarta-feira, 16 de agosto de 2006

terça-feira, 8 de agosto de 2006

sábado, 5 de agosto de 2006

QUADRO DEPRESSIVO

Dentro em mim vermelho
caem muros altos
de castelos musgos
lentamente frios.

Escombros do todo.

Não quero saber
que parte da arte
partiu primeiro.

(Fabio Rocha)

quinta-feira, 3 de agosto de 2006

NÁUFRAGO

Para Priscila Holanda

Quando tudo falha
e a madeira range
e a casa rui

Quando tudo ruim
e uma cor cinzenta
sombreia a placenta
sem nascer a luz

Quando o som da noite
entra pelo dia
trazendo vertigem
pra quem tem sentir

Quando o não sentido
se faz percebido
e o desespero
cabe num olhar

Quando a luta pouca
sai duma voz rouca
querendo dormir

Me agarro num poema.

(Fabio Rocha)