"Abrir o peito à força numa procura / Fugir às armadilhas da mata escura" (Eu caçador de mim - Luiz Carlos Sá e Sérgio Magrão)
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terça-feira, 18 de outubro de 2011
sexta-feira, 30 de julho de 2010
VOU FAZER UM POEMA DE AMOR
com licença, teorias
vou fazer um poema de amor
vem aqui perto
fala baixinho
deita no meu medo
abraça minha fuga
me redime dessas metas
silencia toda lâmina
me ensina a ser quem sou
com licença, teorias
vou fazer um poema de amor
(Fabio Rocha)
terça-feira, 16 de março de 2010
GRAVATA
Para Caio Fernando Abreu
O sábado sempre acontece por detrás das janelas agora... Mas já houve um tempo em que no sábado eu estava no sábado. E era quente e bom. Olhava os passarinhos e, de tanto estudar seus movimentos, acreditava saber racionalmente os segredos do vôo. Só me faltavam braços mais gordos, mais asas. Asas que eu treinava gritando "Homem-Pássaro" com as folhas das palmeiras que livremente arrancava... Espanava, espanava, corria mas não conseguia subir. E nem me importava. Nos sonhos também, eu só conseguia pular alto e cair devagar pelo ar, flutuando por saber o segredo dos pássaros. Sábados aéreos. Ilimitados. Rios no quintal com a mangueira... Olhar a água penetrar a terra, criar o novo, levar embora o antigo... E o fogo das fogueiras. Meu avô fazendo maria-preta pra subir na noite negra, breve e leve e mágica. Balões com fogos nos chamavam de quando em vez pra fora. A tartaruga sempre perto para alguém tropeçar... Lagartas que viravam borboletas nas garrafas... E, eis que o domingo se acaba e antecede o final de tudo. E a música dos Trapalhões são trombetas do inferno vindouro fora da casa da minha avó. E o mundo tem peso de novo.
(Fabio Rocha)
O sábado sempre acontece por detrás das janelas agora... Mas já houve um tempo em que no sábado eu estava no sábado. E era quente e bom. Olhava os passarinhos e, de tanto estudar seus movimentos, acreditava saber racionalmente os segredos do vôo. Só me faltavam braços mais gordos, mais asas. Asas que eu treinava gritando "Homem-Pássaro" com as folhas das palmeiras que livremente arrancava... Espanava, espanava, corria mas não conseguia subir. E nem me importava. Nos sonhos também, eu só conseguia pular alto e cair devagar pelo ar, flutuando por saber o segredo dos pássaros. Sábados aéreos. Ilimitados. Rios no quintal com a mangueira... Olhar a água penetrar a terra, criar o novo, levar embora o antigo... E o fogo das fogueiras. Meu avô fazendo maria-preta pra subir na noite negra, breve e leve e mágica. Balões com fogos nos chamavam de quando em vez pra fora. A tartaruga sempre perto para alguém tropeçar... Lagartas que viravam borboletas nas garrafas... E, eis que o domingo se acaba e antecede o final de tudo. E a música dos Trapalhões são trombetas do inferno vindouro fora da casa da minha avó. E o mundo tem peso de novo.
(Fabio Rocha)
domingo, 8 de novembro de 2009
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
A MEDIANA VIDA DURANTE AULAS CHATAS
dados os dados
sobre dados ordenados
vagos e vazios
vesgo vejo o nada
pela janela
vago e divago
porque divagando me movo
pra fora daqui
enquanto a vida me joga dados
agrupados
em intervalos interquartílicos
(Fabio Rocha)
sobre dados ordenados
vagos e vazios
vesgo vejo o nada
pela janela
vago e divago
porque divagando me movo
pra fora daqui
enquanto a vida me joga dados
agrupados
em intervalos interquartílicos
(Fabio Rocha)
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
POR ESTAREM DISTRAÍDOS
minha voz
vai pelo tempo
onde só havia presente
e nós éramos apenas nós bem atados
presentes um do outro,
um pro outro
a sós
(Fabio Rocha)
vai pelo tempo
onde só havia presente
e nós éramos apenas nós bem atados
presentes um do outro,
um pro outro
a sós
(Fabio Rocha)
terça-feira, 22 de setembro de 2009
INIMIGO MUNDO (HORÁRIO COMERCIAL)
Escalo o muro
escalo o monte
de percevejos
Espalho a raiva
espalho o murro
dos meus desejos
inatingíveis
Escalo a jato
escalo arfante
antes que eu note
o que almejo
(Mas quando é noite
sozinho eu ouço
o meu silêncio...)
(Fabio Rocha)
escalo o monte
de percevejos
Espalho a raiva
espalho o murro
dos meus desejos
inatingíveis
Escalo a jato
escalo arfante
antes que eu note
o que almejo
(Mas quando é noite
sozinho eu ouço
o meu silêncio...)
(Fabio Rocha)
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
CECILIANDO
Canto porque o instante ainda existe
e a canção eu sou.
E se a vida se faz triste
ergo o sonho em riste
e cantando eu vou.
(Fabio Rocha)
e a canção eu sou.
E se a vida se faz triste
ergo o sonho em riste
e cantando eu vou.
(Fabio Rocha)
domingo, 20 de setembro de 2009
O QUE AS MULHERES QUEREM:
Namorar o caos
e casar com a certeza.
Namorar o poeta
e casar com o administrador de empresas.
(Fabio Rocha)
e casar com a certeza.
Namorar o poeta
e casar com o administrador de empresas.
(Fabio Rocha)
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sábado, 19 de setembro de 2009
INFINDÁVEL
Para Drummond
Meu coração é menor que o mundo.
Muito menor.
O mundo é grande
e cheio de desafios
que não quero vencer.
Meu peito
é cheio
de ansiedade
dor
e ar.
O que me faz andar...
Cheio de falta.
Me falta dinheiro, aliás.
No peito,
sobra vazio.
Não tenho meta
mas sou poeta...
Ando
pela praia
pela casa
pela vida
sozinho e manco.
(Fabio Rocha)
Meu coração é menor que o mundo.
Muito menor.
O mundo é grande
e cheio de desafios
que não quero vencer.
Meu peito
é cheio
de ansiedade
dor
e ar.
O que me faz andar...
Cheio de falta.
Me falta dinheiro, aliás.
No peito,
sobra vazio.
Não tenho meta
mas sou poeta...
Ando
pela praia
pela casa
pela vida
sozinho e manco.
(Fabio Rocha)
MEMÓRIAS
O amor... Pode durar uma semana ou seis anos, a fórmula é a mesma. Dura enquanto houver incerteza quanto a ser amado e quanto ao ser amado. Na conquista total e plena, tangível, amornece, e vêm as dúvidas. E, na separação, volta então, magicamente, tudo como lindo, já que findo, já que perdido. Talvez só saibamos amar a distância, o horizonte, o impossível, a busca.
(Fabio Rocha)
Inspiração: http://psicanalisepresente.blogspot.com/2009/07/encontros-e-desencontros-ser-amante-nao.html
(Fabio Rocha)
Inspiração: http://psicanalisepresente.blogspot.com/2009/07/encontros-e-desencontros-ser-amante-nao.html
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
ARES
palavra:
ave
antítese do peso
antídoto do tédio
(Fabio Rocha)
Planta dentro de uma loja do Rio Design Barra
ave
antítese do peso
antídoto do tédio
(Fabio Rocha)
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domingo, 6 de setembro de 2009
MAIS SOBRE "A ARTE DE VIAJAR", DE ALAIN DE BOTTON
É realmente uma maravilha esse livro. Hoje descobri no "A Arte de Viajar" que existiu neste planeta um tal John Ruskin, que tinha a fascinante teoria de que todos somos como que desenhistas natos, se dedicarmos mais tempo para contemplar - em detalhes - o belo. Uma árvore só pode ser realmente apreciada se pararmos para olhar para ela como desenhistas. E isso requer uns 10 minutos, no mínimo. Ele foi criado por pais que viajavam com ele, parando a cada hora para APRECIAR A PAISAGEM. Assim, se desenvolveu sua teoria. Ele critica a pressa de sua época, a mania de "conhecer toda a Europa em 7 dias" (não conhecendo nada, na verdade) e o mal uso da máquina fotográfica (tudo que, na minha opinião, hoje piorou e muito...). É uma forma prática do que Platão tanto valorizava teoricamente: valorizar o belo. Não resisti e fui conferir, com 3 desenhos com esferográfica mesmo (abaixo). Vou ver se arrumo um lápis pros próximos... Mas, realmente, percebi muito mais detalhes olhando por mais tempo para o que desenhei. Reparei também a dificuldade para manter proporções, para desenhar algo que se move (a cachorrinha não parava quieta), para representar contornos com uma cor só (os contornos das coisas não são uma linha, são um contraste, um limite de cores diferentes!) para repetir a complexidade das luzes e sombras, e que flores de plástico são muito parecidas mesmo com as reais. E mais: no banho, mesmo depois desse exercício, lembrei como eu era fascinado pelas gotas que se formavam e escorriam pelo vidro do blindex, criando desenhos, e novamente pude olhar com olhos de criança esse fenômeno.
(Fabio Rocha)
Luna
Orquídea de plástico
Abajur
(Fabio Rocha)
Luna
Orquídea de plástico
Abajur
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
domingo, 5 de agosto de 2007
ÁGUA E SENTIMENTO
VIAGEM DE VOLTA
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