a formiga
anda perdida
pelo cimento
urubus em círculos
nos cinzas dos céus
sem metas
sem rumo
sem pressa
amendoeiras cospem folhas
bem-te-vi não canta
(ser feliz cansa)
a formiga
anda perdida
pelo cimento
um bom poema
só nasce
do vento
( Fabio Rocha )
"Abrir o peito à força numa procura / Fugir às armadilhas da mata escura" (Eu caçador de mim - Luiz Carlos Sá e Sérgio Magrão)
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
O GRITO
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
BRANCO (HAIKAI)
domingo, 25 de dezembro de 2011
TERCEIRO POEMA PARA CAMILA
Natal não são os padres
que inventaram a culpa
para lhes dar o perdão
Mas Camila dormindo tranqüila
junto ao peito
ouvindo meu coração
( Fabio Rocha )
que inventaram a culpa
para lhes dar o perdão
Mas Camila dormindo tranqüila
junto ao peito
ouvindo meu coração
( Fabio Rocha )
sábado, 24 de dezembro de 2011
FABIO JOSÉ ALFREDO LHE DESEJA...
tenho 3 nomes
e 28 personalidades
a terra tem mais de 7 movimentos
e a natureza se alimenta do caos
sigo não contando
sigamos
cantando!
( Fabio Rocha )
e 28 personalidades
a terra tem mais de 7 movimentos
e a natureza se alimenta do caos
sigo não contando
sigamos
cantando!
( Fabio Rocha )
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Rio de Janeiro, o BOPE da conquista - Rafael Pitanguy
Rio de Janeiro, o BOPE da conquista - Rafael Pitanguy
Garota de Ipanema é a segunda música mais tocada no mundo. Só perde para Yesterday, dos Beatles. A principio, isso parece motivo de festa. ‘Nossa, mas que orgulho para o nosso país’. ‘Nossa, o Tom e o Vinícius levaram o nome do Rio de Janeiro para o planeta inteiro’. ‘Nossa, o Rio de Janeiro é mesmo maravilhoso’. ‘Nossa, e o rebolado da Juliana Paes?’. Tá, muito legal. Eles fizeram um bem danado para o país. Mas, definitivamente, não para os cariocas.
É por causa desse sucesso estrondoso que nasceu um dos maiores infernos do Rio de Janeiro: a marra das cariocas. É claro, a menina sabe que a sua fama de monumento foi parar até em Omsk e Dudinka (dá-lhe War!). Normal. Elas se enchem de orgulho e auto-estima. E tome gordinha de tamanco dando toco em Búzios, tome 0×0 no Baixo Gávea. Tome vodka com RedBull pra dar uma levantada e tentar mais uma.
Foi por causa do doce balanço a caminho do mar que passamos tantos carnavais em Pompeu, Juiz de Fora, Lambari. Na boa, o que leva alguém a sair do Rio de Janeiro, passar pela Urca, por Ipanema e pensar. Uhuuuu, bora pra Lambari. Chegando vamos direto pra aquela praça onde tem umas caixas de som no poste. Porra, na boa.
Por um lado, é bom, porque que os cariocas passam a conhecer mais o país e até o próprio Rio. Incluindo aí os seus espaços mais sórdidos: Rio Sampa, Excentric, Choperia Tropical, ‘Mariozinho’, Rei do Bacalhau da Washington. Tem o primo de um amigo meu que já foi mais de 5 vezes à Coqueluxe. Tá bom, tá bom, fui eu. E foram mais de 10 vezes. Mas não vem não, que seu namorado também já foi lá.
O pior é que a música mais famosa do país não é apenas uma ode à mulher carioca. É um poema ao toco dado pela mulher carioca. Aí, fica fácil, né, recebe elogio e ganha musiquinha pra vir e passar, pra deixar o cara tão triste, tão sozinho. Tá explicado.
Por favor, não que o Rio não tenha mulheres absurdas e tal. O problema é com a relação geográfica. Aquela gata da faculdade com quem você sonhou a vida toda, e que só ficava com aquele cara fortinho, de camisa meio desbotada da Osklen, que chegava de bicicleta na praia e tocava Jorge Ben no violão – então, esse mesmo. Ou aquela outra que você pirou no colégio, e que só ficava com aquele cara fortinho, de camiseta meio desbotada da Osklen, que chegava de bicicleta na praia e que estava aprendendo a tocar Jorge Ben no violão – então, esse mesmo. Nunca foi impossível ficar com elas. Impossível era ficar com elas no Rio. Porque no Rio, todas acham que têm um pouco de Helô Pinheiro.
Ai, inventam a festa do Castelo em Itaipava. Itaipava! E a festa a fantasia de Teresópolis. Teresópolis! Lá pode, né? Não é Rio. Pagou pedágio, pode. Ok. Carnaval em Salvador, então? Que maravilha. “Ê ô, ê ô, que bom, você chegou. Bem-vindo a Salvador…”
E, no fundo, Tom e Vinicius são os incentivadores e, por que não, empreendedores de diversos segmentos da economia de nosso balneário. Tenho certeza de que a Garota de Ipanema não malhava na Academia. Nem tinha feito aplique, nem comia salada no Doce Delicia. É a busca pelo helopinheirismo que impulsionou o crescimento e os investimentos em todas as áreas relativas à estética. Tanto a feminina como a masculina. Porque o Rio de Janeiro é a única cidade do mundo onde esquisito é quem não malha.
Malhação é um ciclo. Às vezes de decaderabolin, às vezes de winstrol. As mulheres, por serem cariocas e, portanto, dificílimas, começam a malhar para se diferenciarem e entrarem na categoria ‘impossíveis’. Os homens, como o número de impossiveis aumenta, malham sem parar, tentando transformá-las em ‘quem sabe um dia’.
E, assim, cria-se também o maior número de caras mestres na conquista do país (expressão amplamente empregada por meu avô). Quando o assunto é a paquera, crescer no Rio é treinar no BOPE, e sentir que quando você chega em outra cidade, todos são guardas municipais, daqueles que andam de bicicleta na Lagoa. Você, de escopeta e caveirão. Obviamente, é caveira, meu capitão.
Esse é o momento de elevação do carioca: o jogo fora de casa. Que bonito ver a bola rolando assim, redondinha. Sem defesa, sem barreira, sem falta. O futebol moleque. E é nessa hora que, sofrido, você resolve agradecer pela segunda música mais tocada do mundo. No fundo, ela cumpriu uma função muito maior. Ao tentar deixar os cariocas prontos para as cariocas, acabou deixando os cariocas prontos para o mundo.
Rafael Pitanguy
Garota de Ipanema é a segunda música mais tocada no mundo. Só perde para Yesterday, dos Beatles. A principio, isso parece motivo de festa. ‘Nossa, mas que orgulho para o nosso país’. ‘Nossa, o Tom e o Vinícius levaram o nome do Rio de Janeiro para o planeta inteiro’. ‘Nossa, o Rio de Janeiro é mesmo maravilhoso’. ‘Nossa, e o rebolado da Juliana Paes?’. Tá, muito legal. Eles fizeram um bem danado para o país. Mas, definitivamente, não para os cariocas.
É por causa desse sucesso estrondoso que nasceu um dos maiores infernos do Rio de Janeiro: a marra das cariocas. É claro, a menina sabe que a sua fama de monumento foi parar até em Omsk e Dudinka (dá-lhe War!). Normal. Elas se enchem de orgulho e auto-estima. E tome gordinha de tamanco dando toco em Búzios, tome 0×0 no Baixo Gávea. Tome vodka com RedBull pra dar uma levantada e tentar mais uma.
Foi por causa do doce balanço a caminho do mar que passamos tantos carnavais em Pompeu, Juiz de Fora, Lambari. Na boa, o que leva alguém a sair do Rio de Janeiro, passar pela Urca, por Ipanema e pensar. Uhuuuu, bora pra Lambari. Chegando vamos direto pra aquela praça onde tem umas caixas de som no poste. Porra, na boa.
Por um lado, é bom, porque que os cariocas passam a conhecer mais o país e até o próprio Rio. Incluindo aí os seus espaços mais sórdidos: Rio Sampa, Excentric, Choperia Tropical, ‘Mariozinho’, Rei do Bacalhau da Washington. Tem o primo de um amigo meu que já foi mais de 5 vezes à Coqueluxe. Tá bom, tá bom, fui eu. E foram mais de 10 vezes. Mas não vem não, que seu namorado também já foi lá.
O pior é que a música mais famosa do país não é apenas uma ode à mulher carioca. É um poema ao toco dado pela mulher carioca. Aí, fica fácil, né, recebe elogio e ganha musiquinha pra vir e passar, pra deixar o cara tão triste, tão sozinho. Tá explicado.
Por favor, não que o Rio não tenha mulheres absurdas e tal. O problema é com a relação geográfica. Aquela gata da faculdade com quem você sonhou a vida toda, e que só ficava com aquele cara fortinho, de camisa meio desbotada da Osklen, que chegava de bicicleta na praia e tocava Jorge Ben no violão – então, esse mesmo. Ou aquela outra que você pirou no colégio, e que só ficava com aquele cara fortinho, de camiseta meio desbotada da Osklen, que chegava de bicicleta na praia e que estava aprendendo a tocar Jorge Ben no violão – então, esse mesmo. Nunca foi impossível ficar com elas. Impossível era ficar com elas no Rio. Porque no Rio, todas acham que têm um pouco de Helô Pinheiro.
Ai, inventam a festa do Castelo em Itaipava. Itaipava! E a festa a fantasia de Teresópolis. Teresópolis! Lá pode, né? Não é Rio. Pagou pedágio, pode. Ok. Carnaval em Salvador, então? Que maravilha. “Ê ô, ê ô, que bom, você chegou. Bem-vindo a Salvador…”
E, no fundo, Tom e Vinicius são os incentivadores e, por que não, empreendedores de diversos segmentos da economia de nosso balneário. Tenho certeza de que a Garota de Ipanema não malhava na Academia. Nem tinha feito aplique, nem comia salada no Doce Delicia. É a busca pelo helopinheirismo que impulsionou o crescimento e os investimentos em todas as áreas relativas à estética. Tanto a feminina como a masculina. Porque o Rio de Janeiro é a única cidade do mundo onde esquisito é quem não malha.
Malhação é um ciclo. Às vezes de decaderabolin, às vezes de winstrol. As mulheres, por serem cariocas e, portanto, dificílimas, começam a malhar para se diferenciarem e entrarem na categoria ‘impossíveis’. Os homens, como o número de impossiveis aumenta, malham sem parar, tentando transformá-las em ‘quem sabe um dia’.
E, assim, cria-se também o maior número de caras mestres na conquista do país (expressão amplamente empregada por meu avô). Quando o assunto é a paquera, crescer no Rio é treinar no BOPE, e sentir que quando você chega em outra cidade, todos são guardas municipais, daqueles que andam de bicicleta na Lagoa. Você, de escopeta e caveirão. Obviamente, é caveira, meu capitão.
Esse é o momento de elevação do carioca: o jogo fora de casa. Que bonito ver a bola rolando assim, redondinha. Sem defesa, sem barreira, sem falta. O futebol moleque. E é nessa hora que, sofrido, você resolve agradecer pela segunda música mais tocada do mundo. No fundo, ela cumpriu uma função muito maior. Ao tentar deixar os cariocas prontos para as cariocas, acabou deixando os cariocas prontos para o mundo.
Rafael Pitanguy
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
POESIA ROMÂNTICA, POESIA DE AMOR, POESIA?
o amor
é uma dança
só erros
lança mórbida mútua
sem meta
sem ritmo
descompasso eterno de ternuras
mar de quases
nascer pleno de fenecer
(e de medo de fenecer)
um esforço sem rumo
( Fabio Rocha )
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
MAS PRA QUE ESSE ESFORÇO?
fera
ah, grade
que só agrada
quando prende o outro
(e a ambos enfraquece)
( Fabio Rocha )
que quando não fere
prende
que quando não presa
fere
ah, grade
que só agrada
quando prende o outro
(e a ambos enfraquece)
postergação natimorta de promessa insolúvel
mútua-mente
( Fabio Rocha )
DE LISTRAS
domingo, 18 de dezembro de 2011
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
MARÉ (PROMESSA)
amar é
e arde
sem porquê
se e somente se
queimar-se como fim
que sendo fim
não finda
e todos os monstros, linda
tem mesmo que ter
brotando do ralo que pinga
do acaso, de Netuno, da impossível moringa
pra abastecer o peito negro de dor
cato os cacos de caos e casos passados
enterrados em jamais
pois ainda podem se juntar em luz
e risos de coringa
novos céus
(meus e seus)
sobre arco-íris
azuis
( Fabio Rocha )
e arde
sem porquê
se e somente se
queimar-se como fim
que sendo fim
não finda
e todos os monstros, linda
tem mesmo que ter
brotando do ralo que pinga
do acaso, de Netuno, da impossível moringa
pra abastecer o peito negro de dor
cato os cacos de caos e casos passados
enterrados em jamais
pois ainda podem se juntar em luz
e risos de coringa
novos céus
(meus e seus)
sobre arco-íris
azuis
( Fabio Rocha )
DÉJA VÙ
asas
casas sem telhados
paz de pássaros
(provisória)
dentro do tempo instante
um poema se repete
este?
este?
este?
escrever é perder-te
um poema se repete
este?
este?
este?
escrever é perder-te
( Fabio Rocha )
"(...) entre a Filosofia e a Psicologia reina uma conexão indissolúvel, conexão esta que se deve à inter-relação de seus objetos; em resumo: o objeto da Psicologia é a alma, e o objeto da Filosofia é o mundo.(...)" Jung
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
para Bruce Lee
não imite
não irrite
siga o punho:
não há
limite
(Fabio Rocha)
não irrite
siga o punho:
não há
limite
(Fabio Rocha)
"(...) E sempre impuser limites ao que faz, fisicamente ou de qualquer outra maneira, isso vai se disseminar por todos os outros setores da sua vida. Vai atingir seu trabalho, sua moralidade, todo o seu ser. Não há limites. Há patamares, mas não podemos parar neles, precisamos ir além. Se morrer; Morreu. Todo homem precisa se exceder constantemente (...)" (Bruce Lee)
(...) Bruce Lee afirmou que a luta servia apenas como uma metáfora para os seus ensinamentos. Frequentemente influenciado pelo Budismo, Taoísmo, e pelo Krishnamurti. Mesmo assim, Bruce Lee afirmava que não acreditava em Deus e nem possuía uma religião. (...)
Leia o texto completo no Papo de Homem. Achei genial. Lembrei também de Nietzsche, que considerava o pensar como movimento do corpo, e do poeta Guerra Junqueiro, em sua anti-religiosidade e de minha própria fascinação pela luta, Filosofia e arte, que se misturam de quando em vez em poemas mais revoltados. Minha forma de lutar. :)( Fabio Rocha )
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
AVESSO EM VERSO
sou chato
não gosto de festas
não rio de piadas
não ligo pra futebol
mas danço alto
e respingo o céu com arte
se te vejo suave
ouvindo chico buarque
(Fabio Rocha)
não gosto de festas
não rio de piadas
não ligo pra futebol
mas danço alto
e respingo o céu com arte
se te vejo suave
ouvindo chico buarque
(Fabio Rocha)
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
VISUAL-OLFATIVO-LÂNGUIDO
o perfume das rosas
não espinha
espio então
(e danço)
sem perder a minha
(Fabio Rocha)
não espinha
espio então
(e danço)
sem perder a minha
(Fabio Rocha)
domingo, 11 de dezembro de 2011
MATRIX É A NONA SINFONIA COM IMAGEM
através da palavra
sou
não sendo:
mudo
falo
tudo
o que calo
e Você?
o que tem feito
com o tempo que lhe foi dado
para o mundo que lhe foi pesado?
a mensagem invisível
toca seus olhos?
o som do silêncio
beija seus ouvidos?
tem visitado
onde mora seu sagrado?
(Fabio Rocha)
sou
não sendo:
mudo
falo
tudo
o que calo
e Você?
o que tem feito
com o tempo que lhe foi dado
para o mundo que lhe foi pesado?
a mensagem invisível
toca seus olhos?
o som do silêncio
beija seus ouvidos?
tem visitado
onde mora seu sagrado?
(Fabio Rocha)
sábado, 10 de dezembro de 2011
COM OU SEM SAL
o amor:
anti-palavra
desgastada dança sobre vidros
temperados
que mastigo
(Fabio Rocha)
anti-palavra
desgastada dança sobre vidros
temperados
que mastigo
(Fabio Rocha)
domingo, 4 de dezembro de 2011
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
HEROES
quando não durmo não reconheço lugar nenhum
nem a mim mesmo
sob esse sol amarelo
se sonho, porém
tiro o poder da palavra noite
e enfio no peito
com mão dourada de fogo
amar é elo sem fim
eu não sou eu
e vôo
(Fabio Rocha)
nem a mim mesmo
sob esse sol amarelo
se sonho, porém
tiro o poder da palavra noite
e enfio no peito
com mão dourada de fogo
amar é elo sem fim
eu não sou eu
e vôo
(Fabio Rocha)
terça-feira, 29 de novembro de 2011
PARADOXO IN ENGLISH
BPMN, ERP, workflow, downsizing...
mas o sistema de qualquer empresa
está sempre fora do ar no momento
( Fabio Rocha )
mas o sistema de qualquer empresa
está sempre fora do ar no momento
( Fabio Rocha )
domingo, 27 de novembro de 2011
POR ELA (A POESIA)
luto a luta sagrada
eu
eu mesmo
nenhuma pena
nenhuma espada
(Fabio Rocha)
OBS: Pela poesia de qualidade (e contra os sites péssimos dominando o Google, de que falei em outra postagem) estou continuamente estudando SEO sozinho e melhorando cada detalhe do site A Magia da Poesia. Agora acho que não saberia mais o que fazer. Resta esperar e deixar o tempo correr e desligar a mente e tentar voltar a meditar. :)
eu
eu mesmo
nenhuma pena
nenhuma espada
(Fabio Rocha)
OBS: Pela poesia de qualidade (e contra os sites péssimos dominando o Google, de que falei em outra postagem) estou continuamente estudando SEO sozinho e melhorando cada detalhe do site A Magia da Poesia. Agora acho que não saberia mais o que fazer. Resta esperar e deixar o tempo correr e desligar a mente e tentar voltar a meditar. :)
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
EVOLUÇÃO 40K
há quarenta mil anos atrás
tocávamos sons
com flautas de ossos de abutres
desenhávamos em cavernas congeladas
nas dobras onde o belo alisa o eterno
enquanto o lobo não nos mastigava
ou o neandertal não nos vencia
hoje batemos ponto
(Fabio Rocha)
OBS: Poema baseado no documentário "Cave of forgotten dreams", Junguiano, artístico, científico e interessantíssimo:
tocávamos sons
com flautas de ossos de abutres
desenhávamos em cavernas congeladas
nas dobras onde o belo alisa o eterno
enquanto o lobo não nos mastigava
ou o neandertal não nos vencia
hoje batemos ponto
(Fabio Rocha)
OBS: Poema baseado no documentário "Cave of forgotten dreams", Junguiano, artístico, científico e interessantíssimo:
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
terça-feira, 22 de novembro de 2011
MATÉRIA-PRIMA (CHEGADA A ITAGUAÍ)
peixe pula
fora do rio morto
ainda vivo
saco plástico
preso em árvore morta
na beira da estrada
sob um céu cinza-fumaça
caminhões poluem ao levar
matéria-prima para fábricas poluírem
no horário comercial e com carteiras assinadas
somos o câncer do planeta
e está na moda falar de ecologia
e de Deus
( Fabio Rocha )
fora do rio morto
ainda vivo
saco plástico
preso em árvore morta
na beira da estrada
sob um céu cinza-fumaça
caminhões poluem ao levar
matéria-prima para fábricas poluírem
no horário comercial e com carteiras assinadas
somos o câncer do planeta
e está na moda falar de ecologia
e de Deus
( Fabio Rocha )
Marcadores:
anti-padrão,
crítica social,
ecologia,
poesia,
trabalho
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
O VENTO SOBRE LUDWIG
uma vontade
(fonte)
forte arde clássica:
(ponte)
a arte pode
(re)(in)ventar-te
(Fabio Rocha)
(fonte)
forte arde clássica:
(ponte)
a arte pode
(re)(in)ventar-te
(Fabio Rocha)
domingo, 13 de novembro de 2011
SEGUNDO POEMA PARA CAMILA
ela brotou direto do vazio mágico
sem compreensão de palavras
a forma mais frágil
de sentir afeto
(Fabio Rocha)
sem compreensão de palavras
a forma mais frágil
de sentir afeto
(Fabio Rocha)
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
SEMPRE, DESDE SEMPRE, PARA SEMPRE
conforto
passa um tempo
e a vida aperta
seu plexo
a escolha, então:
nascer de novo
em novo nexo
ou morrer em passatempos
preso no ovo
(Fabio Rocha)
OBS.: Inspirado no livro e na peça "A Alma Imoral".
passa um tempo
e a vida aperta
seu plexo
a escolha, então:
nascer de novo
em novo nexo
ou morrer em passatempos
preso no ovo
(Fabio Rocha)
OBS.: Inspirado no livro e na peça "A Alma Imoral".
HORÁRIO DEVERÃO: EM DIAS ÚTEIS DE TRABALHO
acordo
antes dos pássaros piarem o dia
acordo em desacordo
sem decoro parlamentar
acordo
antes de acordar
antes ainda
(Fabio Rocha)
antes dos pássaros piarem o dia
acordo em desacordo
sem decoro parlamentar
acordo
antes de acordar
antes ainda
(Fabio Rocha)
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
REINVENÇÃO
abortar a norma que arrasta a roda de lado
num mundo quadrado
e áspero
quando
a roda
realiza-se
rodando
(Fabio Rocha)
num mundo quadrado
e áspero
quando
a roda
realiza-se
rodando
(Fabio Rocha)
terça-feira, 8 de novembro de 2011
SEM TÍTULOS
criamos
por meio de carimbos, musgos e líquens
a planície estéril do escritório
onde sentamos e nos reunimos
planejando novas cadeiras e reuniões
nos prendemos a isso.
a fingir ser isso...
de manhã, o trânsito pra ir
de tardinha, o trânsito pra voltar
e nunca
jamais
chegar
(Fabio Rocha)
por meio de carimbos, musgos e líquens
a planície estéril do escritório
onde sentamos e nos reunimos
planejando novas cadeiras e reuniões
nos prendemos a isso.
a fingir ser isso...
de manhã, o trânsito pra ir
de tardinha, o trânsito pra voltar
e nunca
jamais
chegar
(Fabio Rocha)
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
ENQUANTO ADIO, BUSCO
apesar dos apesares
e dos (a)mares sem sentido
sigo as pernas teimando em ir
(Fabio Rocha)
e dos (a)mares sem sentido
sigo as pernas teimando em ir
(Fabio Rocha)
ALVORADA NOTURNA
sábado, 5 de novembro de 2011
SÓ DEZ PORCENTO É MENTIRA
"me procurei a vida inteira e não me encontrei / pelo que fui salvo" (Manoel de Barros)
esse poema não tem tempo
nem desherói
mas a vida é mais que isso
isso
comprar meu ócio
pra ser vagabundo profissional
que nem Manoel
olhar a estrada torta
das pessoas mais perdidas
é olhar poentes de sangue no simples
no chão
(tendo a asa do caramujo)
esse poema acende de um filme
brilha vermelho-poça
nele morri mais de 17 vezes tentando
e sigo respirando azul-escombro
enquanto a criança alimenta de laranja o sabiá
a criança mesma
cá dentro
possível de transver o mundo
pois as coisas ainda querem ser vistas por cores
o mundo quer ser aumentado pela invenção
os jornais servem pra encurtar fatos
padres são demasiado sérios pra brincar de Palavra
e das escolas, só vejo graça nas janelas
mais fértil
é um aparelho de ser inútil
ou uma árvore
exempleio uma notícia que não deu:
a menina riu pro avô - borboleta é uma cor
que avoa
(Fabio Rocha)
esse poema não tem tempo
nem desherói
mas a vida é mais que isso
isso
comprar meu ócio
pra ser vagabundo profissional
que nem Manoel
olhar a estrada torta
das pessoas mais perdidas
é olhar poentes de sangue no simples
no chão
(tendo a asa do caramujo)
esse poema acende de um filme
brilha vermelho-poça
nele morri mais de 17 vezes tentando
e sigo respirando azul-escombro
enquanto a criança alimenta de laranja o sabiá
a criança mesma
cá dentro
possível de transver o mundo
pois as coisas ainda querem ser vistas por cores
o mundo quer ser aumentado pela invenção
os jornais servem pra encurtar fatos
padres são demasiado sérios pra brincar de Palavra
e das escolas, só vejo graça nas janelas
mais fértil
é um aparelho de ser inútil
ou uma árvore
exempleio uma notícia que não deu:
a menina riu pro avô - borboleta é uma cor
que avoa
(Fabio Rocha)
PRIMEIRO POEMA PARA CAMILA
estranhamento
tudo brilho
branco
longe
olhos abrindo fragilidade
mãos medindo espaços
rosadas acenando pequenez
tudo estréia
(Fabio Rocha)
tudo brilho
branco
longe
olhos abrindo fragilidade
mãos medindo espaços
rosadas acenando pequenez
tudo estréia
(Fabio Rocha)
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
UM POEMA ANTES DE DORMIR
a noite estala horas
nas janelas da sala
os vizinhos prosseguem
batendo portas
ouço o frio pelo vidro
(ouvido macabro)
mas nem assim
a fala se abre
(Fabio Rocha)
nas janelas da sala
os vizinhos prosseguem
batendo portas
ouço o frio pelo vidro
(ouvido macabro)
mas nem assim
a fala se abre
(Fabio Rocha)
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
MEU REINO NÃO É DESTE IMUNDO
o mundo é dos chatos
o mundo é dos crentes
o mundo é dos precavidos
o mundo é dos incompetentes
o mundo é dos puxa-sacos
o mundo é dos contentes
(Fabio Rocha)
o mundo é dos crentes
o mundo é dos precavidos
o mundo é dos incompetentes
o mundo é dos puxa-sacos
o mundo é dos contentes
(Fabio Rocha)
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
REBECANDO 21
ela me lê lá
e daqui me rio
crendo em nós
crio
(Fabio Rocha)
e daqui me rio
crendo em nós
crio
(Fabio Rocha)
terça-feira, 25 de outubro de 2011
sábado, 22 de outubro de 2011
MULHER
lambo a palavra aventura
veneno doce, liso
risco de ser
alto
tiro com as mãos nuas
a nódoa da certeza do fingimento
a hipocrisia do fingimento da certeza
não há serventia,
punhos fatigados,
tendões fodidos,
em não arrebentar um grilhão
(lambo a palavra aventura!)
(Fabio Rocha)
veneno doce, liso
risco de ser
alto
tiro com as mãos nuas
a nódoa da certeza do fingimento
a hipocrisia do fingimento da certeza
não há serventia,
punhos fatigados,
tendões fodidos,
em não arrebentar um grilhão
(lambo a palavra aventura!)
(Fabio Rocha)
Marcadores:
anti-certeza-anti-ciência,
paixão,
poesia,
verdade,
vontade
APESAR DAS PREVISÕES DO PASTOR GAGÁ
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
POR HORA
yoga acalma a ansiedade
e piora a tendinite
trabalho te dá o salário
e gastrite
xarope corrói o estômago
e melhora a bronquite
namoro vai contra a solidão
(e é o que a rima permite)
(Fabio Rocha)
e piora a tendinite
trabalho te dá o salário
e gastrite
xarope corrói o estômago
e melhora a bronquite
namoro vai contra a solidão
(e é o que a rima permite)
(Fabio Rocha)
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
DO MOVIMENTO
na janela distante
atrás da obra feia
acho na ponta de uma árvore
a ameaça de uma flor
graças ao vento
(Fabio Rocha)
terça-feira, 18 de outubro de 2011
A MAR A FORÇA
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
HORÁRIO DE VERÃO
deverão
acabar
com isso
(Fabio Rocha)
acabar
com isso
(Fabio Rocha)
Marcadores:
crítica social,
humor,
jogo com palavras,
poesia,
poetrix
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
RESUMO
você imagina como é bom dormir em conchinha.
você tenta dormir em conchinha.
dormir em conchinha é uma merda.
(Fabio Rocha)
você tenta dormir em conchinha.
dormir em conchinha é uma merda.
(Fabio Rocha)
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
SONHEI COM O EMPREGO
quero é morrer deitado
no meio
do imenso feriado
dizendo tudo que calo
cantando tudo que mudo
quero é morrer lutando
no seio
do imenso feriado
(Fabio Rocha)
no meio
do imenso feriado
dizendo tudo que calo
cantando tudo que mudo
quero é morrer lutando
no seio
do imenso feriado
(Fabio Rocha)
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domingo, 9 de outubro de 2011
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
DEUS É FIEL
eu
sou
sincero
(Fabio Rocha)
sou
sincero
(Fabio Rocha)
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quinta-feira, 29 de setembro de 2011
O TODO
gosto de luiza
fugindo em desenho
e o fogo de lu
alma gêmea possível
consciente de mim
presente tão longe e rara
lembrança do perto, carmim
tão mais do que perto
tão mais que futuro
tão mais do que certo...
e o sonho de amanda
(perfeição em conjunção total)
voz calma no telefone
com a graça de não saber
tudo que é
(sonho
de amor perfeito
eternamente adiado)...
fugindo em desenho
longe e alta
maçã proibida
banhada em luz e cor...
e o fogo de lu
alma gêmea possível
consciente de mim
presente tão longe e rara
lembrança do perto, carmim
tão mais do que perto
tão mais que futuro
tão mais do que certo...
e o sonho de amanda
(perfeição em conjunção total)
voz calma no telefone
com a graça de não saber
tudo que é
(sonho
de amor perfeito
eternamente adiado)...
e a precisão de lara
onde a palavra delira
e o olhar se ampara...
e a webcam de tati
a webcam no quarto de tati
onde sem palavras
me aproximo do bom infarto...
e o cinema com nathalia
ismália que não enlouqueceu
onde a palavra delira
e o olhar se ampara...
e a webcam de tati
a webcam no quarto de tati
onde sem palavras
me aproximo do bom infarto...
e o cinema com nathalia
ismália que não enlouqueceu
e o sorriso de bruna
nascendo sol
nas primeiras horas
das manhãs reais...
e o sotaque de estela me lendo...
e a altura de polyanna voando...
e a inteligência de laila tinindo...
e o beijo de lucyana pulsando...
e os emails de lu
e as piadas de carla
e modo de amar de letícia
e a elegante filosofia de talita
e toda a infinidade de delícias...
nascendo sol
nas primeiras horas
das manhãs reais...
e o sotaque de estela me lendo...
e a altura de polyanna voando...
e a inteligência de laila tinindo...
e o beijo de lucyana pulsando...
e os emails de lu
e as piadas de carla
e modo de amar de letícia
e a elegante filosofia de talita
e toda a infinidade de delícias...
(nunca me senti tão nu
perante o instante.)
e agora me desfaço
me despeço
e confesso:
nenhum laço
quero nenhum laço
pois meu pacto de aço
é com o presente, esse mormaço
onde o todo brilha sutil
e agora me desfaço
me despeço
e confesso:
nenhum laço
quero nenhum laço
pois meu pacto de aço
é com o presente, esse mormaço
onde o todo brilha sutil
onde na paz me encaixo
em nome de todas
no nome de todas
as únicas
futuras.
em nome de todas
no nome de todas
as únicas
futuras.
OS ESCAFANDRISTAS VIRÃO DE ÔNIBUS
você levanta o apoio do braço
e espera por mim
com seu sorriso mais seu
depois escolhe Chico Buarque
e vamos assim
unidos pelos versos
tudo absolutamente erótico
sobre teu colo saltitante
só vejo a baía
a glória do horizonte
sem beco nenhum
nos dois braços que se tocam
desnudos
me perco em perfume
pele com pele
celebrando mínimos contatos
tatos de manhãs sorrindo
se as pernas se alisam suave
meu solto olhar cobre seus seios
(manto de desejo)
mas o tecido do decote era vermelho
e todos os meus touros tolos
freiam as mãos
não se afobe não...
meu casaco
abraça o que não posso
(Fabio Rocha)
À LOIRA DESCONHECIDA
eu vejo é a loira
escrevendo na escada de Santa Cruz
fodam-se os cães sem pluma
os mendigos sem rumo
as pessoas indo trabalhar como robôs
eu vejo é a loira
escrevendo na escada de Santa Cruz
e não posso
eu vejo é a loira
escrevendo na escada de Santa Cruz
preso dentro desse ônibus eterno
eu vejo é a loira
escrevendo na escada de Santa Cruz
e aposto que são poemas de amor
aposto que são poemas de amor
porque a amo
(Fabio Rocha)
terça-feira, 27 de setembro de 2011
DA ESCOLHA
formigam caminhos
tantos
só
mover o norte pra direção da vida
molhar a alma na dimensão divina
ir
antes de
escolher
(Fabio Rocha)
tantos
só
mover o norte pra direção da vida
molhar a alma na dimensão divina
ir
antes de
escolher
(Fabio Rocha)
MEDITO PRIMAVERAS (VÔO)
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
JANELA SEM PENSAMENTO
a vida me deu essas palmeiras
só por hoje, só por hora
enchendo o meu lento olhar
com a paz do vento
(Fabio Rocha)
só por hoje, só por hora
enchendo o meu lento olhar
com a paz do vento
(Fabio Rocha)
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
DESURBANO
desumano
selos verdes e ração humana em pastilhas
OBS: Inspiração e mistura: Explode - http://becadosanjos.blogspot.com/2011/09/urbano.html
dentro das janelas nos comportamos tal compotas
de terno e gaveta
batendo pino e ponto
unidos venceremos
um dia, quem sabe?
um dia, depois... muito depois...
unidos venceremos
a quem?
húmus seremos!
serenos enfim
adubando o planeta destruído
sábado, 17 de setembro de 2011
SINCRONIA
a vida
põe pássaros verdes
nas árvores sem folhas
(Fabio Rocha)
põe pássaros verdes
nas árvores sem folhas
(Fabio Rocha)
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
HOJE
a vida é curta demais:
abracei o caos
fechei o cais
comprei ovinhos de amendoim
e cortei os abdominais
(Fabio Rocha)
abracei o caos
fechei o cais
comprei ovinhos de amendoim
e cortei os abdominais
(Fabio Rocha)
terça-feira, 13 de setembro de 2011
AINDA SOBRE OS SONHOS
aonde me levam meus dentes moles?
terras de gelo polar
ventos cortantes
constantes frios
aonde me levam meus dentes móveis?
seios e receios de falta
nenhuma fogueira pra iluminar o calor
nenhuma faca
aonde me levam meus dentes ignóbeis?
noites longas durante o dia
falta de sono
sobra de plano
falta de ano
falta - essencialmente - de um piano
se não for pra sonhar, melhor não dormir?
(Fabio Rocha)
terras de gelo polar
ventos cortantes
constantes frios
aonde me levam meus dentes móveis?
seios e receios de falta
nenhuma fogueira pra iluminar o calor
nenhuma faca
aonde me levam meus dentes ignóbeis?
noites longas durante o dia
falta de sono
sobra de plano
falta de ano
falta - essencialmente - de um piano
se não for pra sonhar, melhor não dormir?
(Fabio Rocha)
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
TRABALHAMOS COM FIM DE?
DE FORA
de fora
como Thanos contemplou o poço do infinito
de silêncio
em silêncio
vejo a crueza árida do mesmo repetido
as vidas
as mortes
os padrões
os patrões
as paixões
todos menores
(Fabio Rocha)
como Thanos contemplou o poço do infinito
de silêncio
em silêncio
vejo a crueza árida do mesmo repetido
as vidas
as mortes
os padrões
os patrões
as paixões
todos menores
(Fabio Rocha)
sábado, 10 de setembro de 2011
SOBREVIVI
sábado perdido
achando papéis antigos
cartas
e-mails
(nada esquecido)
não sei qual poeta falou
mas eu também rasgo os extratos bancários
e guardo todas
todas as cartas de amor
(Fabio Rocha)
achando papéis antigos
cartas
e-mails
(nada esquecido)
não sei qual poeta falou
mas eu também rasgo os extratos bancários
e guardo todas
todas as cartas de amor
(Fabio Rocha)
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
ARQUI (INIMIGO E TETO)
a poesia ainda brinca em mim
e por mais que eu me perca-me em versos diversos
a poesia aquieta e ri:
existe
resiste
voltará!
(Fabio Rocha)
e por mais que eu me perca-me em versos diversos
a poesia aquieta e ri:
existe
resiste
voltará!
(Fabio Rocha)
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
PRÉDIOS MUITOS
em todas as janelas
pessoas olham telas
em vez de olhar as janelas
(Fabio Rocha)
pessoas olham telas
em vez de olhar as janelas
(Fabio Rocha)
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terça-feira, 30 de agosto de 2011
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
AGORA
sempre
é tempo
de ser feliz para sempre
(Fabio Rocha)
é tempo
de ser feliz para sempre
(Fabio Rocha)
terça-feira, 23 de agosto de 2011
A ÁRVORE DA VIDA
pelo belo
saímos do rotineiro
(amém)
o sagrado já é conceito imperfeito, pequeno
mas ainda é maior que deus
deus, deus, deus...
deus de 4 letras, gástrico ente gasto enriquecendo igrejas e destruindo cidades,
onisciente, onipresente, onipotente, incompetente, inexistente
pelo belo é que saímos...
pela arte!
(amem)
o maior vive no menor
o menor vive no maior
e o meio
é onde as vidas são desperdiçadas no seio do feio
fugindo apertando botões
ou juntando dinheiro
(Fabio Rocha)
saímos do rotineiro
(amém)
o sagrado já é conceito imperfeito, pequeno
mas ainda é maior que deus
deus, deus, deus...
deus de 4 letras, gástrico ente gasto enriquecendo igrejas e destruindo cidades,
onisciente, onipresente, onipotente, incompetente, inexistente
pelo belo é que saímos...
pela arte!
(amem)
o maior vive no menor
o menor vive no maior
e o meio
é onde as vidas são desperdiçadas no seio do feio
fugindo apertando botões
ou juntando dinheiro
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quarta-feira, 17 de agosto de 2011
DJURURU
todos os loucos do mundo
me perseguem
se balançam na minha frente
me acenam descontrolados
e com olhos traídos:
não mora mais em mim a leveza
(Fabio Rocha)
me perseguem
se balançam na minha frente
me acenam descontrolados
e com olhos traídos:
não mora mais em mim a leveza
(Fabio Rocha)
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segunda-feira, 15 de agosto de 2011
AGORA VOLTEMOS AO SAGRADO NO SILÊNCIO
apesar da teórica onipotência do deus inexistente
ergo minha mão para o teclado
só para lembrar que esse conto de fadas
só serve realmente ao estúpido degenerado
assassino, depravado
que ao crer no perdão do barbado imaginário
(ou por medo da eternidade queimando)
se torna mais comportado
(Fabio Rocha)
Do "Livro Negro do Cristianismo", que eu mesmo li:
"Na Primeira Epístola aos Coríntios (7, 20-24), Paulo sentencia: "Que cada um fique no estado em que foi chamado. Foste chamado sendo escravo? Não te dê cuidado; mas se ainda podes tornar-te livre, aproveita a oportunidade! Pois aquele que foi chamado no Senhor, mesmo sendo escravo, é um liberto do Senhor; e assim também, o que foi chamado sendo livre, escravo é de Cristo. Por preço fostes comprados; mas vos façais escravos de homens!"
O conceito é repetido em Efésios 6, 5: "Escravos, obedecei aos vossos senhores com devoção e temor, servi com solicitude, como se se tratasse do próprio Senhor, e não de homens".
O que valia para os escravos também valia para as mulheres: "As mulheres sejam submissas a seus maridos como ao Senhor, pois o marido é o chefe da mulher, como Cristo é o chefe da Igreja, aquele que é o salvador de seu corpo. E como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos".11
"Como em todas as comunidades de fiéis, que as mulheres se calem nas assembléias, pois não lhes é permitido falar; que estejam submissas, como diz a lei. Se quiserem aprender algo, que perguntem em casa, a seus maridos, pois não convém a uma mulher falar na assembléia."12 Se os primeiros apóstolos tivessem se comportado assim, as mulheres dificilmente os teriam avisado da ressurreição de Cristo.
E o conceito se repete na Primeira Epístola a Timóteo (2, 11-15): "A mulher aprenda em silêncio com toda a submissão. Pois não permito que a mulher ensine nem tenha domínio sobre o homem, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão; salvar-se-á, todavia, dando à luz filhos, se permanecer com sobriedade na fé, na caridade e na santificação, com modéstia."
Paulo, que para outros aspectos considerava a lei judaica superada (por exemplo, as proibições alimentares), no caso das mulheres, abriu uma exceção e retomou hábitos judaicos, como o costume de cobrir a cabeça nas cerimônias.
"O homem não deve cobrir a cabeça, pois é a imagem e glória de Deus; a mulher, em compensação, é a glória do homem. E, de fato, o homem não deriva da mulher, mas a mulher deriva do homem; nem foi o homem criado pela mulher, mas a mulher criada pelo homem. Por isso, a mulher deve usar na cabeça um sinal de sua dependência, por causa dos anjos [...] Julgai entre vós mesmos: é conveniente que uma mulher ore a Deus com a cabeça descoberta? Não vos ensina a própria natureza que é indecoroso para um homem deixar o cabelo crescer, enquanto, para a mulher, o cabelo comprido é uma glória? Pois a cabeleira foi-lhe dada no lugar do véu. Mas se alguém quiser contestar, não temos esse costume, nem as Igrejas de Deus."
ergo minha mão para o teclado
só para lembrar que esse conto de fadas
só serve realmente ao estúpido degenerado
assassino, depravado
que ao crer no perdão do barbado imaginário
(ou por medo da eternidade queimando)
se torna mais comportado
(Fabio Rocha)
Do "Livro Negro do Cristianismo", que eu mesmo li:
"Na Primeira Epístola aos Coríntios (7, 20-24), Paulo sentencia: "Que cada um fique no estado em que foi chamado. Foste chamado sendo escravo? Não te dê cuidado; mas se ainda podes tornar-te livre, aproveita a oportunidade! Pois aquele que foi chamado no Senhor, mesmo sendo escravo, é um liberto do Senhor; e assim também, o que foi chamado sendo livre, escravo é de Cristo. Por preço fostes comprados; mas vos façais escravos de homens!"
O conceito é repetido em Efésios 6, 5: "Escravos, obedecei aos vossos senhores com devoção e temor, servi com solicitude, como se se tratasse do próprio Senhor, e não de homens".
O que valia para os escravos também valia para as mulheres: "As mulheres sejam submissas a seus maridos como ao Senhor, pois o marido é o chefe da mulher, como Cristo é o chefe da Igreja, aquele que é o salvador de seu corpo. E como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos".11
"Como em todas as comunidades de fiéis, que as mulheres se calem nas assembléias, pois não lhes é permitido falar; que estejam submissas, como diz a lei. Se quiserem aprender algo, que perguntem em casa, a seus maridos, pois não convém a uma mulher falar na assembléia."12 Se os primeiros apóstolos tivessem se comportado assim, as mulheres dificilmente os teriam avisado da ressurreição de Cristo.
E o conceito se repete na Primeira Epístola a Timóteo (2, 11-15): "A mulher aprenda em silêncio com toda a submissão. Pois não permito que a mulher ensine nem tenha domínio sobre o homem, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão; salvar-se-á, todavia, dando à luz filhos, se permanecer com sobriedade na fé, na caridade e na santificação, com modéstia."
Paulo, que para outros aspectos considerava a lei judaica superada (por exemplo, as proibições alimentares), no caso das mulheres, abriu uma exceção e retomou hábitos judaicos, como o costume de cobrir a cabeça nas cerimônias.
"O homem não deve cobrir a cabeça, pois é a imagem e glória de Deus; a mulher, em compensação, é a glória do homem. E, de fato, o homem não deriva da mulher, mas a mulher deriva do homem; nem foi o homem criado pela mulher, mas a mulher criada pelo homem. Por isso, a mulher deve usar na cabeça um sinal de sua dependência, por causa dos anjos [...] Julgai entre vós mesmos: é conveniente que uma mulher ore a Deus com a cabeça descoberta? Não vos ensina a própria natureza que é indecoroso para um homem deixar o cabelo crescer, enquanto, para a mulher, o cabelo comprido é uma glória? Pois a cabeleira foi-lhe dada no lugar do véu. Mas se alguém quiser contestar, não temos esse costume, nem as Igrejas de Deus."
VIGILÂNCIA
é preciso, antes de tudo, vigilância. contra a mente que acelera e se perde em obrigações, planejamentos e lembranças. é preciso lutar contra o ter que estar fazendo algo. fazer é fuga do silêncio. tudo que fazemos é fugir de nós mesmos e do sagrado. até amar é melhor não fazendo. é tempo de revolução. viver não é preciso.
(Fabio Rocha)
(Fabio Rocha)
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sexta-feira, 12 de agosto de 2011
TONTO?
como um surdo
tentando entender que música toca
com a ajuda das cores dos sinais de trânsito
na cidade cinza
da idade torta
sem fazer exames
sem gostar de festa
sem saber por que
essa pressa
(Fabio Rocha)
tentando entender que música toca
com a ajuda das cores dos sinais de trânsito
na cidade cinza
da idade torta
sem fazer exames
sem gostar de festa
sem saber por que
essa pressa
(Fabio Rocha)
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
FÉ
(para Yasmin, aprendendo a falar)
ouvir o riso de uma criança
e sorrir paz
não pelo que ela não sabe ainda
mas pelo que ela sabe a mais
(Fabio Rocha)
ouvir o riso de uma criança
e sorrir paz
não pelo que ela não sabe ainda
mas pelo que ela sabe a mais
(Fabio Rocha)
ENCONTRO ALÉM DO UMBIGO:
eu conto pra ela
ela conta pra mim
eu conto com ela
ela conta comigo
(Fabio Rocha)
ela conta pra mim
eu conto com ela
ela conta comigo
(Fabio Rocha)
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domingo, 7 de agosto de 2011
ARTE
olhar os delírios
no campo
minado
(Fabio Rocha)
no campo
minado
(Fabio Rocha)
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
ÓRFÃO DE ORFEU
no mar dos sonhos
as ilhas são largas
quase infinitas
quase impossíveis
de percorrer
com olhos fechados
(Fabio Rocha)
as ilhas são largas
quase infinitas
quase impossíveis
de percorrer
com olhos fechados
(Fabio Rocha)
LIBERTE QUE SERÁS TAMBÉM
da teia ao laço
do laço ao nó:
amor preso
há pressa:
apressa a liberdade
que ao pó voltaremos...
a pé
ao pó
(Fabio Rocha)
do laço ao nó:
amor preso
há pressa:
apressa a liberdade
que ao pó voltaremos...
a pé
ao pó
(Fabio Rocha)
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DA FALTA DE SONO
caminho
e só há o movimento
pois não dura nem verdade
nem contentamento
ah, minhas retintas retinas
num céu meio nublado
vendo estrelas extintas
(Fabio Rocha)
e só há o movimento
pois não dura nem verdade
nem contentamento
ah, minhas retintas retinas
num céu meio nublado
vendo estrelas extintas
(Fabio Rocha)
FORNO
o encontro é fogo
vulcão dentro do sol
no quinto dos infernos
não há lugar pro morno
(Fabio Rocha)
vulcão dentro do sol
no quinto dos infernos
não há lugar pro morno
(Fabio Rocha)
terça-feira, 2 de agosto de 2011
LOU SALOMÉ
consciente do deserto de palavras em que vivo
enferrujo a palavra Medo
no mar a que todos voltaremos
(Fabio Rocha)
enferrujo a palavra Medo
no mar a que todos voltaremos
(Fabio Rocha)
terça-feira, 26 de julho de 2011
CHAMPANHA
na boemia não há depois
a noite é a anti-rima da meta
no teu colo vejo
dois
e o capeta escreve torto
por linhas retas
(Fabio Rocha)
a noite é a anti-rima da meta
no teu colo vejo
dois
e o capeta escreve torto
por linhas retas
(Fabio Rocha)
segunda-feira, 25 de julho de 2011
NOITE
quando o navio da noite
me sorri um assobio
alimento pássaros de silêncio
e acendo pavios
(Fabio Rocha)
me sorri um assobio
alimento pássaros de silêncio
e acendo pavios
(Fabio Rocha)
quarta-feira, 20 de julho de 2011
PAIXÃO NO FORNO
desisto
dessas tentativas vãs
de ser morno
(Fabio Rocha)
dessas tentativas vãs
de ser morno
(Fabio Rocha)
segunda-feira, 18 de julho de 2011
DA NECESSIDADE DO MEDO E DO MEDO DA NECESSIDADE
tentei não correr da pantera
tentei não assustar a pantera
olho e tempo:
ela era eu
eu era ela
(Fabio Rocha)
tentei não assustar a pantera
olho e tempo:
ela era eu
eu era ela
(Fabio Rocha)
sábado, 16 de julho de 2011
RELÓGIO SEM PONTEIROS
o tempo
não se olha
nos espelhos
(Fabio Rocha)
não se olha
nos espelhos
(Fabio Rocha)
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sexta-feira, 15 de julho de 2011
8 HORAS DE SEMPRE
antepastos verdes
antepassados calados
anteparas pro decadente
ante o tempo sem tempo de olhar o relógio
ante o poema sem poder nascer
cante?
cantar como
perante esta realidade natimorta?
(Fabio Rocha)
antepassados calados
anteparas pro decadente
ante o tempo sem tempo de olhar o relógio
ante o poema sem poder nascer
cante?
cantar como
perante esta realidade natimorta?
(Fabio Rocha)
terça-feira, 12 de julho de 2011
TENDÊNCIAS E TENDÕES
não se pode mudar
sua própria essência...
uma vida de maremotos
e quando acho um porto
absorvo o absurdo:
mudo
(Fabio Rocha)
domingo, 10 de julho de 2011
PERFUME DE MULHER
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sexta-feira, 8 de julho de 2011
ESCUTA, CARLA BARBOSA
os mais perdidos
são os sãos
com metas para daqui a cinco anos
e um agora em vão
(Fabio Rocha)
são os sãos
com metas para daqui a cinco anos
e um agora em vão
(Fabio Rocha)
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quarta-feira, 6 de julho de 2011
O SONHO, AINDA
a pantera era morte
mas era eu
não-morto
lambendo feridas
para seguir ao Norte
da palavra Outro
(Fabio Rocha)
domingo, 26 de junho de 2011
A GÉRBERA E A ROSA
mil rosas nascem concêntricas
no teu beijo
bocas dentro de bocas dentro de bocas
todas com lábios molhados
boa fome...
fruto infinito além-mordida...
duas bocas caladas
lambem o nome da Vida
(Fabio Rocha)
no teu beijo
bocas dentro de bocas dentro de bocas
todas com lábios molhados
boa fome...
fruto infinito além-mordida...
duas bocas caladas
lambem o nome da Vida
(Fabio Rocha)
sábado, 25 de junho de 2011
terça-feira, 21 de junho de 2011
SE EU MORRESSE AMANHÃ...
nesse mundo de agruras
e coisas sãs por fazer
se eu morresse amanhã
poderia ao menos dizer:
fiz em você
um poema
escrever
(Fabio Rocha)
e coisas sãs por fazer
se eu morresse amanhã
poderia ao menos dizer:
fiz em você
um poema
escrever
(Fabio Rocha)
segunda-feira, 20 de junho de 2011
INSPIRADO EM HILDA HILST NÚMERO 50
a ausência do som
de tua chave na porta
ecoa
no fundo
do poema
(Fabio Rocha)
de tua chave na porta
ecoa
no fundo
do poema
(Fabio Rocha)
domingo, 19 de junho de 2011
DANDARA
silencio tudo
pra fazer um poema com teu nome
com teus dezenove anos me olhando fixo
com teu corpo nesse uniforme
(todo meu nessa noite)
pois a vida
(essa sim, toda desconhecida)
continua premiando quem arrisca tudo
(Fabio Rocha)
pra fazer um poema com teu nome
com teus dezenove anos me olhando fixo
com teu corpo nesse uniforme
(todo meu nessa noite)
pois a vida
(essa sim, toda desconhecida)
continua premiando quem arrisca tudo
(Fabio Rocha)
quinta-feira, 16 de junho de 2011
WAKE UP, NEO
entre (sonhos) tantos:
a mão esticada pra rosa
viciada em espinhos
(Fabio Rocha)
a mão esticada pra rosa
viciada em espinhos
(Fabio Rocha)
segunda-feira, 13 de junho de 2011
ESCUTA
sabemo-nos tão verdadeiramente iguais
caminhando alto
que um passo em falso
e voamos juntos
(Fabio Rocha)
caminhando alto
que um passo em falso
e voamos juntos
(Fabio Rocha)
MIMIMI
sinto falta
e já não sei nem mais de quem
(isso se for de alguém)
(Fabio Rocha)
e já não sei nem mais de quem
(isso se for de alguém)
(Fabio Rocha)
DEUSA ONÍRICA
por quantas vidas te perseguirei
em sangue e glória?
passo de pássaros:
a revoada desenha tua face
te sei em sonho
te adivinho em letra
nunca inteira
nunca perfeita
(Fabio Rocha)
em sangue e glória?
passo de pássaros:
a revoada desenha tua face
te sei em sonho
te adivinho em letra
nunca inteira
nunca perfeita
(Fabio Rocha)
domingo, 12 de junho de 2011
ARRANHAS
palavras no peito
o peito em palavras
todo afeto derramado
baldes furados
areia nas mãos
aranhas
toda festa me é estranha
(Fabio Rocha)
o peito em palavras
todo afeto derramado
baldes furados
areia nas mãos
aranhas
toda festa me é estranha
(Fabio Rocha)
terça-feira, 7 de junho de 2011
O INSTANTE EXISTE
nem sei com que pernas ainda ando
mas venta
e o vento diz:
tenta
(Fabio Rocha)
mas venta
e o vento diz:
tenta
(Fabio Rocha)
EU E HOUSE
final de temporada:
parto numa moto
pra nascer de mim mesmo
(Fabio Rocha)
parto numa moto
pra nascer de mim mesmo
(Fabio Rocha)
segunda-feira, 6 de junho de 2011
PARA CARLA E DANIELLE
sou poeta
pela falta de coragem
pra ser palhaço
(Fabio Rocha)
pela falta de coragem
pra ser palhaço
(Fabio Rocha)
CÉU ACIMA
deitei a mesa n´água
não mais papéis
a cumprir
afogo versos
que queria ser
mas não sou
deitei lisa a mesa
no mar sem ondas
de pernas pro ar
e sem meta além do horizonte
(Fabio Rocha)
não mais papéis
a cumprir
afogo versos
que queria ser
mas não sou
deitei lisa a mesa
no mar sem ondas
de pernas pro ar
e sem meta além do horizonte
(Fabio Rocha)
domingo, 5 de junho de 2011
FREUDIANAMENTE ENTENDI O PORQUÊ DE VOCÊ
mas chega um tempo
em que você não quer mais
matar o tempo
(seriados em feriados
feriados seriados
até a próxima facada por algo errado)
e tudo que não é imenso
é pouco
chega um tempo louco
em que pensar é tenso
e nem a paz das peles
tocam-se mais
(Fabio Rocha)
em que você não quer mais
matar o tempo
(seriados em feriados
feriados seriados
até a próxima facada por algo errado)
e tudo que não é imenso
é pouco
chega um tempo louco
em que pensar é tenso
e nem a paz das peles
tocam-se mais
(Fabio Rocha)
sexta-feira, 3 de junho de 2011
DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS
escritório:
desenvolvo o sistema
gástrico
engolimento de
sapos
cifras
repartições
siglas
gastos
gosto (são)
de garras
nas mãos
(Fabio Rocha)
desenvolvo o sistema
gástrico
engolimento de
sapos
cifras
repartições
siglas
gastos
gosto (são)
de garras
nas mãos
(Fabio Rocha)
quinta-feira, 2 de junho de 2011
INSPIRADO EM HILDA HILST
dentro de minha voz mais pura
trago um cigarro amargo:
perder-te nos campos de trigo
mesmo assim te canto e te vento
de repente
fogo fogo fogo
mãos crispadas de quereres pássaros
vidros arranhados brilham espelhos no peito
assustados
luz vermelha na caixa torácica
como a dos santos em suas casinhas de madeira
dentro da fé das avós
(Fabio Rocha)
trago um cigarro amargo:
perder-te nos campos de trigo
mesmo assim te canto e te vento
de repente
fogo fogo fogo
mãos crispadas de quereres pássaros
vidros arranhados brilham espelhos no peito
assustados
luz vermelha na caixa torácica
como a dos santos em suas casinhas de madeira
dentro da fé das avós
(Fabio Rocha)
quarta-feira, 1 de junho de 2011
PARA HILDA HILST
o nunca mais é fera mansa
presente ausente
um pouco sim um pouco não
o nunca mais
mesmo assim
ronrona escuridão
(Fabio Rocha)
presente ausente
um pouco sim um pouco não
o nunca mais
mesmo assim
ronrona escuridão
(Fabio Rocha)
ATENCIOSA_MENTE
nenhum ornitorrinco
foi ornamentado
na organização inútil
deste organograma
horrivelmente chato
(Fabio Rocha)
foi ornamentado
na organização inútil
deste organograma
horrivelmente chato
(Fabio Rocha)
terça-feira, 31 de maio de 2011
LOVE IS ALL
tenho agora
perna de andarilho
e olhos alvorados
massageia a alma
o chinelo
se piso
este apartamento
ladrilho fonemas embutidos
na palavra casa
sua mão dada acalenta minha calma
(Fabio Rocha)
Marcadores:
amor,
fotografia,
homenagem,
musas,
poemas de amor,
poesia
segunda-feira, 30 de maio de 2011
RECEITA PARA ETERNIZAR UMA GÉRBERA
junte uma vontade de leveza
com o rosa da alvorada
e uma pitada de laranja
(girassol somático)
a flor
em si
sorri
(Fabio Rocha)
sexta-feira, 27 de maio de 2011
quarta-feira, 25 de maio de 2011
PAIXÃO
debaixo do penhasco passa um rio:
meu coração
pendurado por um fio
(Fabio Rocha)
meu coração
pendurado por um fio
(Fabio Rocha)
terça-feira, 24 de maio de 2011
VOU INDO
sem ela o silêncio assusta
e a palavra também
engasgo até com o capuccino mais doce...
afasto-me, mesmo assim, porém
(Fabio Rocha)
e a palavra também
engasgo até com o capuccino mais doce...
afasto-me, mesmo assim, porém
(Fabio Rocha)
segunda-feira, 23 de maio de 2011
À MUSA FUTURA
eu te amo desde agora
porque você virá
(virá de onde sempre
esteve)
e descobrirá ainda vida
no planeta plexo
(Fabio Rocha)
porque você virá
(virá de onde sempre
esteve)
e descobrirá ainda vida
no planeta plexo
(Fabio Rocha)
domingo, 22 de maio de 2011
MAS
me pego preso de quando em vez
na invencível condição humana
na exaustão da repetição fútil
do que não é nem pode ser
mais
(Fabio Rocha)
na invencível condição humana
na exaustão da repetição fútil
do que não é nem pode ser
mais
(Fabio Rocha)
quinta-feira, 19 de maio de 2011
CAPTURA
terça-feira, 17 de maio de 2011
ARQUÉTIPO DO HERÓI CRIANÇA
vontade de te salvar de ti mesma
mesmo sabendo
que a salvação está em ti mesma
(Fabio Rocha)
mesmo sabendo
que a salvação está em ti mesma
(Fabio Rocha)
domingo, 15 de maio de 2011
MARVEL VERSUS CAPCOM 3, MORTAL KOMBAT VERSUS DC UNIVERSE E STREET FIGHTER 4 PARA PLAYSTATION 3
Marcadores:
anti-competitividade,
anti-padrão,
crítica social,
humor,
osho,
poesia,
poetrix
CINDER-ELA
na semana com a bela
nada me consome
tudo beira o eterno
mas quando dá sexta-feira
meia noite e fome:
eis que ela
some
(Fabio Rocha)
nada me consome
tudo beira o eterno
mas quando dá sexta-feira
meia noite e fome:
eis que ela
some
(Fabio Rocha)
segunda-feira, 9 de maio de 2011
SP
(Para Núbia Costa)
bruto
e rápido
e ríspido
respira-se o cinza
vive-se em luto apressado
e o silêncio desassossega o plexo
*
resta o luto
de tantos desencontros
resoluto
parto o peito
(parto
e nada nasce)
*
sampa sem samba
terra minha tripartida
língua cinza
tudo cinza fast
brigam-amam alto e sempre
nada como o esperado, amiga
como a pizza mais triste da vida
minutos depois do melhor omelete:
dor de barriga
saudade do mar
da paz do mar
se amar é isso
tenho orgulhosamente
medo de amar
*
não fode:
mão estendida apenas
quando a outra mão
foge
*
é um absurdo
nos obrigarem a tirar férias
farei piquetes
construirei fábricas
me acorrentarei a escritórios
*
fui até são paulo
encontrar o pior de mim.
amor,
nada
absolutamente nada
funcionou como deveria
(do início ao fim)
e nenhum dos dois
está minimamente disposto
a quaisquer contratempos.
(no entanto teve o melhor omelete)
voltei voando sobre uma dor inexplicável
enquanto me ofereciam amendoim
e não sei se isso tem algo a ver com o supracitado
(lástimas e lágrimas)
que bosta, Costa:
amar não basta.
não me ame
pelo amor desse deus filha da puta
nem depois de todas as cervejas do mundo
me ame
como pode tão já
tanto extremo
bom e ruim?
50 anos em 5 dias?
não me toque.
a noite é longa demais.
não me acorde apenas pra te ver dormir!
o sonho rápido demais em pesadelo
o colo rápido demais em abismo
fere.
não desperte o pior de mim!
nosso filme
(comédia nonsense)
só teve inícios
nunca terá o devido meio
nem fim
fume em paz:
aqui jaz o que seremos
(nesses versos ridículos)
perante tanta tristeza
estou com saudade
de minha ansiedade solitária
vou entrar nesse apartamento
e só vou sair
depois de dormir pelo menos uma noite inteira
quando a vida deixar de ser um lamento triste e sem sentido
após você me esquecer perto do celular e dos óculos
e mesmo assim não vou entender o que houve
nem por que choro
cuspo reto na palavra amar
(por favor, me ame)
(Fabio Rocha)
bruto
e rápido
e ríspido
respira-se o cinza
vive-se em luto apressado
e o silêncio desassossega o plexo
*
resta o luto
de tantos desencontros
resoluto
parto o peito
(parto
e nada nasce)
*
sampa sem samba
terra minha tripartida
língua cinza
tudo cinza fast
brigam-amam alto e sempre
nada como o esperado, amiga
como a pizza mais triste da vida
minutos depois do melhor omelete:
dor de barriga
saudade do mar
da paz do mar
se amar é isso
tenho orgulhosamente
medo de amar
*
não fode:
mão estendida apenas
quando a outra mão
foge
*
é um absurdo
nos obrigarem a tirar férias
farei piquetes
construirei fábricas
me acorrentarei a escritórios
*
fui até são paulo
encontrar o pior de mim.
amor,
nada
absolutamente nada
funcionou como deveria
(do início ao fim)
e nenhum dos dois
está minimamente disposto
a quaisquer contratempos.
(no entanto teve o melhor omelete)
voltei voando sobre uma dor inexplicável
enquanto me ofereciam amendoim
e não sei se isso tem algo a ver com o supracitado
(lástimas e lágrimas)
que bosta, Costa:
amar não basta.
não me ame
pelo amor desse deus filha da puta
nem depois de todas as cervejas do mundo
me ame
como pode tão já
tanto extremo
bom e ruim?
50 anos em 5 dias?
não me toque.
a noite é longa demais.
não me acorde apenas pra te ver dormir!
o sonho rápido demais em pesadelo
o colo rápido demais em abismo
fere.
não desperte o pior de mim!
nosso filme
(comédia nonsense)
só teve inícios
nunca terá o devido meio
nem fim
fume em paz:
aqui jaz o que seremos
(nesses versos ridículos)
perante tanta tristeza
estou com saudade
de minha ansiedade solitária
vou entrar nesse apartamento
e só vou sair
depois de dormir pelo menos uma noite inteira
quando a vida deixar de ser um lamento triste e sem sentido
após você me esquecer perto do celular e dos óculos
e mesmo assim não vou entender o que houve
nem por que choro
cuspo reto na palavra amar
(por favor, me ame)
(Fabio Rocha)
domingo, 8 de maio de 2011
DESFUTURO
vivo
muitas vidas
e nenhuma
espero não esperar um dia
(nem a esperança de teus braços
perfeitos porque futuros)
não
não serão adornos
contorno de asas
presas por ouro
quando formos
gansos mancos
que não fodem
(Fabio Rocha)
muitas vidas
e nenhuma
espero não esperar um dia
(nem a esperança de teus braços
perfeitos porque futuros)
não
não serão adornos
contorno de asas
presas por ouro
quando formos
gansos mancos
que não fodem
(Fabio Rocha)
sábado, 7 de maio de 2011
*
estar no céu
com ela loira e dúbia
ela perto e alta
ela nua e linda
loucamente lúcida
star no céu
com núbia
(Fabio Rocha)
com ela loira e dúbia
ela perto e alta
ela nua e linda
loucamente lúcida
star no céu
com núbia
(Fabio Rocha)
Marcadores:
anti-igreja,
fotografia,
homenagem,
musas,
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poesia
sexta-feira, 6 de maio de 2011
APARTA_MENTE
é como se eu acarinhasse essas paredes de silêncio
ao lavar as louças brancas acumuladas
como se me espalhasse em tuas formas novas
e nesse habituar mútuo
tu tivesses vida
eu tivesse paz
(Fabio Rocha)
ao lavar as louças brancas acumuladas
como se me espalhasse em tuas formas novas
e nesse habituar mútuo
tu tivesses vida
eu tivesse paz
(Fabio Rocha)
quarta-feira, 4 de maio de 2011
MARFAGARFO
intento tirar a razão desse contrapasso
sei que a finitude solta seus gritos e cheiros
e o impossível passo, sua perfeição enquanto impossível
no entanto isso
(marcapasso acelerado prevendo atrasos)
isso tudo
que já somos...
(Fabio Rocha)
sei que a finitude solta seus gritos e cheiros
e o impossível passo, sua perfeição enquanto impossível
no entanto isso
(marcapasso acelerado prevendo atrasos)
isso tudo
que já somos...
(Fabio Rocha)
APARTAMENTO NOVO
o vazio
tinge de silêncio
as paredes brancas
(Fabio Rocha)
tinge de silêncio
as paredes brancas
(Fabio Rocha)
Marcadores:
casa,
melhores poemas,
poemas com cores,
poesia,
poetrix,
silêncio,
vazio
segunda-feira, 2 de maio de 2011
quarta-feira, 27 de abril de 2011
PAIXÃO:
O SEGREDO
pássaro os dias
entre o sagrado e a mulher
e o silêncio segreda:
o sagrado é a mulher
(Fabio Rocha)
entre o sagrado e a mulher
e o silêncio segreda:
o sagrado é a mulher
(Fabio Rocha)
domingo, 24 de abril de 2011
NÍTIDA
chovo de vez em água
sobre o lago envolto em pele
absorvo o sal na boca
observo o contrair da carne:
alma deliciosamente louca
(Fabio Rocha)
sobre o lago envolto em pele
absorvo o sal na boca
observo o contrair da carne:
alma deliciosamente louca
(Fabio Rocha)
sexta-feira, 22 de abril de 2011
quarta-feira, 20 de abril de 2011
EM VERDADE
Marcadores:
ansiedade,
doença,
poemas ansiolíticos,
poemas psi,
poesia
GALOPE NÚMERO 910
quando a vida empaca
o poema se solta
cavalo de sol
clave cruzando mares congelados
de palavras não ditas
e beijos não dados
voa e varre
derretendo sal e pele
sul e norte
vida e morte
na mais bela harmonia
(Fabio Rocha)
o poema se solta
cavalo de sol
clave cruzando mares congelados
de palavras não ditas
e beijos não dados
voa e varre
derretendo sal e pele
sul e norte
vida e morte
na mais bela harmonia
(Fabio Rocha)
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eu,
loucura,
melhores poemas,
o poeta,
poemas sobre poesia,
poesia
JÁ_MAIS
nunca houve tempo
de admirar ou xingar as estrelas
ela ficou lá
eu, aqui
e nem apagamos as mãos
(Fabio Rocha)
segunda-feira, 18 de abril de 2011
domingo, 17 de abril de 2011
quinta-feira, 14 de abril de 2011
CA-TRA-CAS FORTALECEM LIBERTARISMOS PALAVRÓICOS
(Para Manoel de Barros)
fora da jaula do escritório
as folhas lentamente me ciscam
me expulsam desse cinza máscara
pouco a pouco me habituo a ser palavra
palavra verde, palavra árvore, palavra livre
a palavra passeante
passeio
entre grades enferrujadas
os olhos colhendo cada ínfimo
(Fabio Rocha)
terça-feira, 12 de abril de 2011
GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
procuro espaço
no escritório do meu dia
para a poesia
debaixo da mesa?
atrás do armário?
procuro um traço
no bagaço do meu rim
para um fim
(Fabio Rocha)
segunda-feira, 11 de abril de 2011
PARA VIVIANE MARQUES, EM SEU ANIVERSÁRIO DE 28 ANOS
toda vez que vi Vivi
o chão tornou-se longe
o espelho, um horizonte
a busca, uma chegada
o encontro, uma jornada
mas Vivi cá dentro já vivia
e fazia de toda palavra, poesia
(Fabio Rocha)
domingo, 10 de abril de 2011
THE SOUND OF INEVITABILITY
tocar a matéria do sonho
desmancha o sonho
por isso criamos contratos
promessas em três vias
as mais diversas drogas
nosso senhor Jesus Cristo
e a televisão, para não vermos
(Fabio Rocha)
desmancha o sonho
por isso criamos contratos
promessas em três vias
as mais diversas drogas
nosso senhor Jesus Cristo
e a televisão, para não vermos
(Fabio Rocha)
O PRIMERO APARTAMENTO
lembrarei do vento
da ausência de mosquitos
do silêncio da igreja amedrontada
das amendoeiras falando em folhas
e cantando em cambaxirras
(Fabio Rocha)
da ausência de mosquitos
do silêncio da igreja amedrontada
das amendoeiras falando em folhas
e cantando em cambaxirras
(Fabio Rocha)
sábado, 9 de abril de 2011
ACEITO
o amor vem
o amor vai
(e depois de amanhã é segunda, né, Drummond?)
te mostrei o Pontal, ao menos
e guardei uns carinhos no peito
aceito a ida
e a vida
desejo paz
(Fabio Rocha)
o amor vai
(e depois de amanhã é segunda, né, Drummond?)
te mostrei o Pontal, ao menos
e guardei uns carinhos no peito
aceito a ida
e a vida
desejo paz
(Fabio Rocha)
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amor,
musas,
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poemas de despedida,
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separação,
youtube
quinta-feira, 7 de abril de 2011
RESISTÊNCIA
eu acredito na beleza...
deixa o jornal repetir e inspirar tragédias:
a beleza vencerá.
a poesia vencerá!
(Fabio Rocha)
deixa o jornal repetir e inspirar tragédias:
a beleza vencerá.
a poesia vencerá!
(Fabio Rocha)
quarta-feira, 6 de abril de 2011
APITAM
faço experiências sociológicas
com as legiões ilógicas
que me habitam
(Fabio Rocha)
com as legiões ilógicas
que me habitam
(Fabio Rocha)
ABS
não ouso contar a mim
o absurdo que absinto
uso freio abs:
mato, mordo, minto
não ouso contar a mim
o absurdo que absinto
(Fabio Rocha)
terça-feira, 5 de abril de 2011
terça-feira, 29 de março de 2011
REINÍCIOS
de onde sairá
o poema de hoje?
tempestade
escombros de casas
para abrir estradas
estrume no sapato
estrondos num céu laranja
madrugada de bombas
(a voz de deus)
dois pés atrás
pingam letras
do guarda-chuva
anoto gotas
roupas rotas
o ônibus ainda
chora ela lentamente
pela janela
domingo, 27 de março de 2011
CELESTANDO NO DOMINGO
sábado, 26 de março de 2011
SEUS CABELOS MAIS CURTOS
se o palco é a palavra
e a arte é a vida
você, esse encontro, essa chegada
é a obra prima distraída
(Fabio Rocha)
e a arte é a vida
você, esse encontro, essa chegada
é a obra prima distraída
(Fabio Rocha)
LUA LARANJA
o sono
me consome:
sumo
(Fabio Rocha)
me consome:
sumo
(Fabio Rocha)
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jogo com palavras,
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poesia,
poetrix,
zen
sexta-feira, 25 de março de 2011
PRESSA
com essa mulher longe
eu perco o céu
e o chão me pesa
(Fabio Rocha)
eu perco o céu
e o chão me pesa
(Fabio Rocha)
ORAÇÃO AO DIA
o sol ressurge céu
do meio das brumas de mares perdidos
colorindo o dia com largas cores
faço à última estrela
um pedido
cada vez mais cuidadoso
rogo ao deus inexistente
através dessa estrela
dessa mais resistente estrela:
que o terror do fim
não contamine
a entrega do início
(Fabio Rocha)
do meio das brumas de mares perdidos
colorindo o dia com largas cores
faço à última estrela
um pedido
cada vez mais cuidadoso
rogo ao deus inexistente
através dessa estrela
dessa mais resistente estrela:
que o terror do fim
não contamine
a entrega do início
(Fabio Rocha)
quinta-feira, 24 de março de 2011
NIETZSCHIANO NÚMERO 9
me pego
cansado
às vezes
caminhando sozinho
descaminhos
por minha hora mais negra
quase feliz
e se toca aquela música
meus inícios brilham
com a pureza do ápice
e a dureza do fim...
meu fantasma, minha dor, meu amor,
nessas horas estranhas
tenho medo de mim!
(Fabio Rocha)
cansado
às vezes
caminhando sozinho
descaminhos
por minha hora mais negra
quase feliz
e se toca aquela música
meus inícios brilham
com a pureza do ápice
e a dureza do fim...
meu fantasma, minha dor, meu amor,
nessas horas estranhas
tenho medo de mim!
(Fabio Rocha)
terça-feira, 22 de março de 2011
AO DEUS DAS SINCRONICIDADES E BELAS MELODIAS
deixo a música seguir aleatória
tal qual a vida, incontrolável
e vem justo a gymnopedia (rima intolerável)
meu pensar se volta
para ela, longe e perto
e nada poderia ser mais certo
do que o telefone tocar
(Fabio Rocha)
tal qual a vida, incontrolável
e vem justo a gymnopedia (rima intolerável)
meu pensar se volta
para ela, longe e perto
e nada poderia ser mais certo
do que o telefone tocar
(Fabio Rocha)
segunda-feira, 21 de março de 2011
LINHA 2033 (ANTIGA 1133)
Obama
e seus helicópteros com uma ou duas hélices cheios de armas
e seus navios cheios de armas
e seus soldados cheios de armas
só atrapalham o trânsito em Copacabana
do alto da Niemeyer
o que olho é a costa
abraçando a rocha
moldando-a
soltando seu limo
num redemoinho de caos
lume
devir
espuma
o que vejo é afago
afeto
oxigenação de águas
purificação de pedras
vida borbulhando beleza
(Fabio Rocha)
e seus helicópteros com uma ou duas hélices cheios de armas
e seus navios cheios de armas
e seus soldados cheios de armas
só atrapalham o trânsito em Copacabana
do alto da Niemeyer
o que olho é a costa
abraçando a rocha
moldando-a
soltando seu limo
num redemoinho de caos
lume
devir
espuma
o que vejo é afago
afeto
oxigenação de águas
purificação de pedras
vida borbulhando beleza
(Fabio Rocha)
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