quinta-feira, 23 de julho de 2009

PARA O SEOMÁRIO

Menos um poeta azul
nesta noite cinza
que é o mundo.

(Fabio Rocha)

Só hoje soube do falecimento do Rodrigo de Souza Leão. Susto, tristeza, vazio... Tão jovem. Meu primeiro contato com ele foi também a minha primeira (e inexperiente) entrevista. Depois é que pude conhecer e admirar seu trabalho escrito, e me sentir um pouco como seu irmão na poesia e na lowcura que todos os que criam carregam consigo em algum grau. Noite triste...

P.S.: O último poema dele, que achei agora no blog:

Tudo é pequeno.

Tudo é pequeno
A fama
A lama
O lince hipnotizando a iguana

O que é grande
É a arte
Há vida em marte

Rodrigo de Souza Leão

segunda-feira, 20 de julho de 2009

MANO VELHO

Para não ver
entre o que não sou
e o que acabei não sendo
me distraio em passatempos
enquanto relógios escorrem.

(Fabio Rocha)

TIC TAC

A criança:
olhos abertos
na noite fechada.

No corredor
um relógio
de parede.

A criança sozinha
ouve escuro
e vê seu som.

O relógio imenso
semeando
finitudes...

(Fabio Rocha)

sexta-feira, 17 de julho de 2009

terça-feira, 14 de julho de 2009

segunda-feira, 13 de julho de 2009

POEMA XISTE ORGÂNICO

auriverde pendão de minha pressa
onde a bola de couro brilha e não cansa
sigamos sábios serenos maracuginos
a semear granolas transgênicas
e a sonhar com vida mansa

(Fabio Rocha)

sábado, 11 de julho de 2009

sexta-feira, 10 de julho de 2009

COROLÁRIO: SUBLIM(IN)AR

do fundo de meu
vocabulário
esconjuro a palavra mágica
esquecida no escuro
pro futuro estrangeiro
da folha clara:
vela da barcaça ao vento
lençol no varal antigo
capa vermelha do que não sou
mas sobre esse mar de olhos
superman voo

(Fabio Rocha)

quinta-feira, 9 de julho de 2009

terça-feira, 7 de julho de 2009

EM TERAPIA - LATA UM

No espaço interstício
entre o desprazer e o vício
reclamo.

Reclamo como o cão
confinado na varanda
do apartamento ao sol ali em frente
ladrando quadrados constantes
na falta de opção.

Eu
no entanto
no teto do ser
tenho várias...

(Quais?)

De qualquer grupo
(nefasto?)
me afasto
(não pasto)
e reclamo:
(não amo)
a solidão.

(Fabio Rocha)