domingo, 21 de novembro de 2010

ALESSANDRA


se cismo
caminho e
caminho até acabar a estrada

então
com o coração acelerado
olho vagarosamente o nada
e volto

o sol na minha cara
é Alessandra do primário
magra e loura e rara
que sozinha dava estrelas
enquanto eu recebia
(abobadamente)
as primeiras sementes
da poesia

(Fabio Rocha)

3 comentários:

Luiz Libório disse...

Quantos vezes eu disso? Bem, eu não sei, mas vou dizer de novo: Esse é um dos melhores que você já escreveu Fabio!

Fabio Rocha disse...

Puuuuuuuuuuuutz!! Sabia! Sabia! Sabia! Quando o poema nem parece meu, quando não reconheço minha voz nele, é que tá bom! :)) Obrigado, meu amigo!

Caio Martins disse...

Muito bom,Fábio!
Acabou de descobrir - via "puuuuuuutz!" - que o poema não está nem aí com a nossa cara... Posto no papel, dito ou na telinha, adquire vida própria. Há que conviver com isso.
Abração. Gostei muito!