quero nem saber
como deveria ser
como deveríamos ser...
pois alcanço o sagrado é assim
com sua mão tocando a minha
o peito derretendo batendo socando
a poesia decolando
e sangue pra todo lado
assim sou
o que somos:
vermelho
(se fosse um filme
correríamos na praia
e faríamos o sol)
(Fabio Rocha)
"Abrir o peito à força numa procura / Fugir às armadilhas da mata escura" (Eu caçador de mim - Luiz Carlos Sá e Sérgio Magrão)
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
ME RELENDO: NÃO TEM JEITO
é como se minha poesia desse voltas sem dizer nada
ou falasse do tempo
até uma mulher inteira
acelerar inteiramente meu plexo
(Fabio Rocha)
ou falasse do tempo
até uma mulher inteira
acelerar inteiramente meu plexo
(Fabio Rocha)
domingo, 27 de fevereiro de 2011
SÉTIMO CÉU
pode estar escuro
podes ser tímida
mas nos tocando somos
pó de diamante nas estrelas
(Fabio Rocha)
podes ser tímida
mas nos tocando somos
pó de diamante nas estrelas
(Fabio Rocha)
DEUS MAIÚSCULO
adivinho
meu futuro
em seus olhos
suas mãos pequenas perdidas nas minhas
ambos nas palmas da noite
dois no aplauso de Deus
(Fabio Rocha)
meu futuro
em seus olhos
suas mãos pequenas perdidas nas minhas
ambos nas palmas da noite
dois no aplauso de Deus
(Fabio Rocha)
NA_MORADA
momentos assim
quando para tudo
tudo ampara
e você comigo
independente dos mapas
você tão perto
que tenho medo apenas
de estragar o silêncio
com poemas
(Fabio Rocha)
quando para tudo
tudo ampara
e você comigo
independente dos mapas
você tão perto
que tenho medo apenas
de estragar o silêncio
com poemas
(Fabio Rocha)
sábado, 26 de fevereiro de 2011
BOLA PRETA
a câmera olha
na esquina
o carnaval de rua
que não começou
(eu olho o relógio
querendo sair logo daqui
antes que comece)
(Fabio Rocha)
na esquina
o carnaval de rua
que não começou
(eu olho o relógio
querendo sair logo daqui
antes que comece)
(Fabio Rocha)
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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
A JATO
no Rio de Janeiro
o melhor é "talvez não"
em Minas, sim
e quando estico a mão
em direção a um quem sabe
encontro ela sorrindo
vindo na mesma direção
no Rio tenho gripe
poluição e cansaço
em Minas sou de aço
no Rio há complicação
fase errada
muito cedo, muito tarde
nulidades em_baladas
perfeições já namoradas
Jesus Cristo e as leis de Deus...
em Minas
atentamente
ela me lê a alma
no presente
no Rio nem rio além:
na plenitude de quases
sempre tem um porém
no Rio tem Santos Dumont
em Minas sou melhor que Drummond:
- Vou voando para Minas, lá sou amigo do rei!
(Fabio Rocha)
o melhor é "talvez não"
em Minas, sim
e quando estico a mão
em direção a um quem sabe
encontro ela sorrindo
vindo na mesma direção
no Rio tenho gripe
poluição e cansaço
em Minas sou de aço
no Rio há complicação
fase errada
muito cedo, muito tarde
nulidades em_baladas
perfeições já namoradas
Jesus Cristo e as leis de Deus...
em Minas
atentamente
ela me lê a alma
no presente
no Rio nem rio além:
na plenitude de quases
sempre tem um porém
no Rio tem Santos Dumont
em Minas sou melhor que Drummond:
- Vou voando para Minas, lá sou amigo do rei!
(Fabio Rocha)
domingo, 20 de fevereiro de 2011
AH, AMAR AS POETAS
levo teu poema na mochila como um diamante
antes que eu te espante
ou você me desencante
(Fabio Rocha)
antes que eu te espante
ou você me desencante
(Fabio Rocha)
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
PARCIAL
estou farto
dos amigos parcialmente falsos
das palavras parcialmente vazias
das igrejas parcialmente enganadoras
dos trabalhos parcialmente burros
da idade parcialmente média
em plena sexta-feira de fevereiro de 2011...
(Fabio Rocha)
dos amigos parcialmente falsos
das palavras parcialmente vazias
das igrejas parcialmente enganadoras
dos trabalhos parcialmente burros
da idade parcialmente média
em plena sexta-feira de fevereiro de 2011...
(Fabio Rocha)
TEORIA DA PAIXÃO TEÓRICA
vontade
não tem nada a ver com isso.
quando explodiu a casa
não restou porta
para ser ou não aberta.
o resto
são peripécias
de palavras mortas
sem inocência.
(Fabio Rocha)
não tem nada a ver com isso.
quando explodiu a casa
não restou porta
para ser ou não aberta.
o resto
são peripécias
de palavras mortas
sem inocência.
(Fabio Rocha)
DA MUDANÇA CONSTANTE
você ainda não se acostumou?
respiras, apenas...
igual ao universo
porém menos lento:
expansão,
silêncio breve,
recolhimento.
(Fabio Rocha)
respiras, apenas...
igual ao universo
porém menos lento:
expansão,
silêncio breve,
recolhimento.
(Fabio Rocha)
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
A PAIXÃO CANSA
eu sei que poderia me incendiar em segundos
essa música baixa que mantenho trancada no forno
mas estou cansado demais de ganhar e perder o mundo em segundos
e procuro cada vez mais a longa paz do morno
(Fabio Rocha)
essa música baixa que mantenho trancada no forno
mas estou cansado demais de ganhar e perder o mundo em segundos
e procuro cada vez mais a longa paz do morno
(Fabio Rocha)
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DEFINIÇÃO DE DÍZIMO:
oferecer o que há de menos sagrado
para o que há de mais sagrado
através dos maiores corruptos
(Fabio Rocha)
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
SONHO OCEÂNICO
submergir no tempo
(bênção de silêncio)
sentir por perto
ondas do imenso
(Fabio Rocha)
(bênção de silêncio)
sentir por perto
ondas do imenso
(Fabio Rocha)
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
ACRE
tempo em que palavras enjoam a boca
(o devir sorri, vencedor)
enquanto um som vermelho esbarra nos muros pixados
nas casas fodidas
nos olhos dos cachorros mancos perdidos nas ruas esburacadas
comprovando a inexistência ou ineficácia do deus que não responde:
tempo de seguir
(Fabio Rocha)
(o devir sorri, vencedor)
enquanto um som vermelho esbarra nos muros pixados
nas casas fodidas
nos olhos dos cachorros mancos perdidos nas ruas esburacadas
comprovando a inexistência ou ineficácia do deus que não responde:
tempo de seguir
(Fabio Rocha)
sábado, 12 de fevereiro de 2011
SABOROSA
gosto
do silêncio
que precede
a tempestade
(Fabio Rocha)
do silêncio
que precede
a tempestade
(Fabio Rocha)
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
RETIRO
quando me perco no peito
(esta gangorra doentia e escarpada)
lembro:
atrás da casa antiga passava um riozinho
com um som constante, tranqüilo
tocando a eternidade
(Fabio Rocha)
(esta gangorra doentia e escarpada)
lembro:
atrás da casa antiga passava um riozinho
com um som constante, tranqüilo
tocando a eternidade
(Fabio Rocha)
EXCESSO
trago palavras nas órbitas:
sinto muito mas
sinto muito
(Fabio Rocha)
sinto muito mas
sinto muito
(Fabio Rocha)
ROCHA
a pedra seca no plexo
pinga
sangue no chão
do deserto
luta:
uma vítima
na vitória íntima
então
a pedra maior se erguendo em ruído
do trêmulo chão de areia
sob meus pés
me erguendo em som
com a força inconfundível
da voz de Deus
me chamando de filho
pelo escrever da mão
(Fabio Rocha)
pinga
sangue no chão
do deserto
luta:
uma vítima
na vitória íntima
então
a pedra maior se erguendo em ruído
do trêmulo chão de areia
sob meus pés
me erguendo em som
com a força inconfundível
da voz de Deus
me chamando de filho
pelo escrever da mão
(Fabio Rocha)
ESPELHOS
amar a capacidade íntima
intransferível e divina
de construir castelos de cartas
frente ao espelho bipolar
(tormenta)
quando do previsível tormento
respiro, não lamento:
celebro as cartas no chão
e o vento
(Fabio Rocha)
intransferível e divina
de construir castelos de cartas
frente ao espelho bipolar
(tormenta)
quando do previsível tormento
respiro, não lamento:
celebro as cartas no chão
e o vento
(Fabio Rocha)
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
PEDRADA COM DELIVERY
meus companheiros tem olhos cegos e costas arcadas
seu poder de entrega quase esvaiu no chão de tanto tomar porrada
procuram a vida e musas a domicílio
CISNE NEGRO
não é possível
beijar a perfeição
sem tocar a morte
(Fabio Rocha)
beijar a perfeição
sem tocar a morte
(Fabio Rocha)
PÉS FORA DO CHÃO DO ESCRITÓRION
ofiscalizo-me infrutiferamente em papel ofício
ofusca-me a busca de algo fora do escritórion
oficialmente afasto-me do que não me faço em letra
naturalmente - em espaço dois - Times New Roman
ofereço a face com força pra fácil patada que nunca vem
(acaba que trabalho bem - grampeio e carimbo e sorrio um pouco)
mas resisto em palavrar alto e confundo ofuscar com fusca
(em cada fruto meu um farto não estar ali, digitando papéis em planilhas ou vice-versa)
vou sem verso enquanto confundo fiscais de terno com a ternura de ficar
(Fabio Rocha)
ofusca-me a busca de algo fora do escritórion
oficialmente afasto-me do que não me faço em letra
naturalmente - em espaço dois - Times New Roman
ofereço a face com força pra fácil patada que nunca vem
(acaba que trabalho bem - grampeio e carimbo e sorrio um pouco)
mas resisto em palavrar alto e confundo ofuscar com fusca
(em cada fruto meu um farto não estar ali, digitando papéis em planilhas ou vice-versa)
vou sem verso enquanto confundo fiscais de terno com a ternura de ficar
(Fabio Rocha)
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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
DA BUSCA DO DEFINITIVO
parte de mim
sabe da espada atrás da mão
mesmo essa sensação de chegada
quando ela fala
sabe-se ilusão
no entanto, só um poeta sabe
o valor
da imaginação
(Fabio Rocha)
sabe da espada atrás da mão
mesmo essa sensação de chegada
quando ela fala
sabe-se ilusão
no entanto, só um poeta sabe
o valor
da imaginação
(Fabio Rocha)
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
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