Pedrinho se fascinou do ser f-o-r-m-i-g-a.
Olho de lupa,
cientista quando crescer...
Amava-as no vidro com açúcar.
Aí, de repente, amanhã
veio titia católica
e lhe mostrou a culpa cristã.
Pedrinho chorou lágrimas de dó
e abriu o vidro
de geléia de mocotó.
(.....................................)
(Fabio Rocha)
6 comentários:
Ahhh, depois dos parênteses, meu segundo artifício favorito são as reticências (adoro fazê-las na vertical, em três versos com apenas um ponto cada... me dão a sensação de que o poema escorre, fica mais vertical).
A separação do formiga em letras é interessante, mas acho que sonoramente fica chato (a palavra é muioto grande para se soletrar em uma declamação. Embora fique belo escrito).
O último verso é épico, simplesmente excelso (muitos poemas meus terminam de forma semelhante XD).
Devo dizer, porém, que tenho a leve sensação de que algo da idéia me escapou. Eu sinto como se minha percepção apenas arranhasse a superfície de seu significado.
Ja-ne. Como foi na prova?
Sonoramente, sei lá, acho quase todo poema ruim, gosto é de poema lido mesmo e não "declamado". Se bem que até lido tem um som na nossa mente, né? Ah, a formiga chegia de hífen foi uma tentativa de inovação formiguística... :) Depois me diga o que é excelso que te digo o que tem no final e por baixo do poema. :) Poema explicado é pior que piada.
Na prova, pra variar, falei até mais do que pediram e você? :)
Abraços
Poxa, como gostei do poema! Definitivamente marcaria!
Acho que todos somos um pouco Pedrinho. Com as "formigas" e com a culpa.
beijos
meus
Oi, mor
Poxa, não levei tanta fé nesse poema quando saiu... :)
Valeu pelo apoio!
Beijos
Adoro formiga
num vidrinho de açúcar
sem tampa..
Abraços, flores, estrelas.
Edson, eis aí um comentário bem seu... livertário até pras formigas. Abração!
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