terça-feira, 16 de setembro de 2008

DESEMPREGO

Conscientemente
abro mão do ter
pelo tempo
e ser
e ser.

Mesmo que não seja nada
uma hora
contemplando
uma árvore
imaginária.

Mesmo que não seja nada
rever aquele belo filme
por duas horas.

Mesmo que não seja nada
gastar três horas
fazendo absolutamente nada
e descansar por oito horas.

Mesmo que não seja nada
escrever sem prazo
comer sem prazo
foder sem prazo...

Mesmo que não sejamos nada...

Todo o meu tempo é meu agora.

(Fabio Rocha)

3 comentários:

Ígor Andrade disse...

Também estou lento nessa busca do ser. Que bom ler isso!
"Tudo é palavra!"
Bom dia Fabio!
Abraço!

Fabio Rocha disse...

Bom dia, Ígor, obrigado pelos comentários sempre! Abração

Stella disse...

Belo poema.
"Saia da caverna" :-)

beijos