Desenho com as duas mãos
de vez em quando minto
árvores me trazem breve paz
e a leveza da borboleta mais fugaz.
Suo demasiado luas e letras no verão
danço com ventanias e temporais
esquento os cômodos com a respiração
e sempre que corto as malditas unhas
sinto raiva, paixão e profundos questionamentos existenciais.
(Fabio Rocha)
8 comentários:
cortar as unhas não é para todo mundo... também adorei seu blog! prazer em conhecê-lo! sempre que quiser vá lá na minha "esquisitice", beijos, S.
Nossa, que poema magnífico! Adoro definições como essa... Acho que somos esse caos, essa mistura de gostos e sensações conflituosas.
Preferia ser apresentada assim numa festa às pomposas referência superficiais de "esta é fulana, filha de beltrano e tal é sua profissão".
Consigo até imaginar a cara do sujeito espantado na festa.
beijos
PS: não consigo cortar até hoje minhas unhas dos pés. E mesmo que as cortem pra mim sinto muito medo. Vai entender...
:)
Obrigado!
Incrível como tem uns poemas onde não levo a menor fé, e agradam...
Stella, adorei sua leitura do poema, onde ele te levou... Quando precisar cortar as unhas dos pés, conte comigo. :)
Beijos!
Noossa, Fabio adorei o poema. Estou lendo um livro que tem tudo a ver com ele. Identidade, do sociólogo Zygmunt Bauman. Aliás, vc jah leu ou ouvir falar alguma coisa dele?
Eu to gostando do livro, mas na verdade li muito pouco de sociologia na minha vida... pra ser bem sincera, nada, além de uns poucos textos fragmentados no colégio.Sinto não tenho parâmetros pra dizer se é bom ou não, só gosto pessoal, claro. Por isso estou dando uma sondada sobre ele.
Enfim.. se puder me ajudar, vai ser ótimo!
Beiijooos!
Oi Júlia, obrigado! Qual o nome do livro? Infelizmente não conheço quase nada de Sociologia e nada do Zygmunt Bauman... :) Beijos
Hum, pena, mas brigada mesmo assim!
O nome do livro é Identidade.
Beijos
Muito bom teu auto-retrato, interessante, as imagens são provocantes. Já imaginaste se dividisses o texto em estrofes de dois versos? Ficaria bem maneiro!
Obrigado! Realmente, reli e há uma pausa intrínseca no poema, que separei em duas estrofes. Abração
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