Toda a água brava, revolta, agitada
que me amedrontava
agora está
sobre mim
e prazerosamente me mata
e refresca.
Dos infinitos rios
lambendo pedras e limos
descendo montes
cavando terras e sonhos
cismando pastos distantes...
Dos vales de silêncio
e manhãs de sol
bois ensimesmados desconhecidos
ventos do passado...
Dos carinhos
calores
e odores
da casa da vó
onde criei rios
no quintal...
De tantas cores e dores
trajetos, curvas, linhas separadas
o encontro:
amor
azul
o mar.
(Fabio Rocha)
3 comentários:
Belíssimo poema!
A vida é uma curva...
Abraços, flores, estrelas.
Obrigado, poeta mutante! Abração
Esse definitivamente marcaria. Belos olhos :-)
beijos
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