quinta-feira, 26 de março de 2009

REVENDO JANELAS (SEM RIVOTRIL AINDA)

Essa voz
de dentro da boca que finge falar poemas
(mas só os pensa)
está cansada.

Sem um projeto coletivo e utópico onde caibam meus sonhos
sem um dia-a-dia individualmente minimamente simplesmente suportável
sem grandes avanços na psicanálise além de querer parecer curado...

Eu mesmo
a mim mesmo
só comigo mesmo
constantemente me prendo.

Só.

O resto são detalhes
variações sobre a mesma lenga-lenga
e versos sem rima.

Vejo:

Janelas?

E as quatro paredes
maiores que elas?

(Fabio Rocha)

7 comentários:

Stella disse...

Prefiro vc assim, inconformado, conflituoso ao bem estar passageiro dum rivotril.

belo poema

beijos
meus

Fabio Rocha disse...

Obrigado, amor! Beijos

Ígor Andrade disse...

Eu gosto desses conflitos. Você os passa com uma exatidão absurda. Não poderia ter outro nome a não ser "da busca", este blog. Continue inconformado, meu amigo.
Grande abraço!

Fabio Rocha disse...

Obrigado, Ígor! Estou ainda baixando o filme aqui... :)

Iaiá disse...

Ficou ótimo esse!!! adorei!

Fabio Rocha disse...

Valeu, Iaiá! Beijos

Mão da Vida disse...

Busquei de novo sua fonte, revi minhas janelas através dela...
Sua poesia é algo que me emociona.
Reitero as considerações do Ígor Andrade. Parabéns!