Leio Walt Whitman
no rosto do velho barbado
há 90 anos no Ceará
com cada osso torto
e calor
e sofrer
e silêncio contemplativo.
Meu avô.
Seus olhos vêem o mesmo todo.
Vou viver.
Os cheiros da infância feliz
encontraram algum secreto caminho
pro apartamento de hoje.
(Fabio Rocha)
3 comentários:
Nossa, que lindo poema! E que bela homenagem ao avô.
Bom que esteja sentindo cheiros de infância feliz, de lar e aconchego :-) Até me deixou emocionada.
Pra mim é um de seus melhores poemas. Tão sensível e maduro...
beijos
de uma fã rs
Amigo Fabio, esse me fez chorar.
Lembrei do meu avô também, e do primeiro livro de poesia que ele me deu.
Grande abraço!
Amor, a culpa é toda sua disso... :)
Ígor, que bom o poema ter te tocado assim, maravilha! Abração
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