sexta-feira, 7 de agosto de 2009

PRAIANEIRO

Perpasso
sob o céu cinzento
procurando
não estar atento
e totalmente
pisando o momento.

O céu é baixo
de desalento
as ondas fracas
o passo lento.

O esforço (ou o engano)
é não se esforçar
para poder brotar
um novo oceano.

(Fabio Rocha)

2 comentários:

Onishiroi disse...

Ah, caríssimo, como gostaria de acompanhar-te em uma destas caminhadas e unir-me a ti nestes ditirambos praianos! Teus últimos poemas parecem gritar diretamente à minha pessoa para que eu acorde de meu sonho e retome minha vida, minha intensidade, minha loucura.
Heróicamente esforço-me para romper minha sanidade e razão que impedem meu poetar! Sem teus poemas talvez nem o esforçar-se far-se-ia possível!
(E aí? Parece um texto platônico? Sempre imaginei se eles realmente conversavam assim lol)
Embora eu realmente tenha rebuscado excessivamente por um motivo particular (deu vontade, pura e simplesmente, e isso é parte da loucura que abandonei e desejo retomar, cada vitória conta), realmente, seus poemas à beira-mar estão lavando minha alma como o mar do ano-novo. Um dia desses temos que dar uma volta juntos e bater um papo. Adorei o poema. Quando senti que ia chorar, descobri-me sorrindo.
Ja-ne. Continuo seco de lágrimas, certas coisas não mudam.

Fabio Rocha disse...

Pois é, cara, vamos sim!! Ou tomar uma água de coco ali contemplando o vazio! Quando quiser estou sempre aqui. A UERJ acho que já era. :) Abração