domingo, 7 de novembro de 2010

MARULHO

O mar me olha
O mar molha
O mar molda (eu mudo)
O mar fala que não há onda derradeira
O mar enorme (maravilha)
Morde e mastiga meus problemas pequenos

O mar morno amolece as pernas maravilhosas das mulheres magras

O mar: a mar ca
Amar: a bar ca

Todos os postes enferrujados
Os postes iguais, enfileirados
Parados
Profundamente enraizados em certezas
Ruirão

Caminho moendo memórias
Molares bipolares
Alfazema nos ouvidos antigos
Milhares de marcas no peito marítimo
E a maluca certeza de mais suor, sal e sorriso

O que não mata fundo
Fortalece
O meu amar
Este mundo:
Melhorar
O poema.

(Fabio Rocha)

4 comentários:

Anônimo disse...

Ui! Ficou bem legal, meu querido.

Beijinho.

Fabio Rocha disse...

Obrigado, Laríssima! Beijos

Rebeca dos Anjos disse...

Imenso.

Quem não tem água, vai de mar. :)

Fabio Rocha disse...

há mar, amor :)