(A Ingrid Jonker)
as palavras
batem
com a cabeça
na realidade
tremem as mãos das palavras
e todos os seus rostos
ensangüentados
choram vermelho
a palavra sorve álcool e vidro quebrado
a palavra é o último dente da agonia,
fome do justo
mordendo o ventre
que só pare
sem parar
a mesma África
o mesmo mundo
vasto mundo
a palavra está cansando
mas não morre!
(Fabio Rocha)
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