Desenho com as duas mãos
de vez em quando minto
árvores me trazem breve paz
e a leveza da borboleta mais fugaz.
Suo demasiado luas e letras no verão
danço com ventanias e temporais
esquento os cômodos com a respiração
e sempre que corto as malditas unhas
sinto raiva, paixão e profundos questionamentos existenciais.
(Fabio Rocha)
"Abrir o peito à força numa procura / Fugir às armadilhas da mata escura" (Eu caçador de mim - Luiz Carlos Sá e Sérgio Magrão)
sábado, 28 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
AREIA
Dois amigos
caminham
por praias distantes.
Caminham calados
enquanto cai
(constante e irreversivelmente)
por entre os dedos do tempo
qualquer palavra.
(Fabio Rocha)
caminham
por praias distantes.
Caminham calados
enquanto cai
(constante e irreversivelmente)
por entre os dedos do tempo
qualquer palavra.
(Fabio Rocha)
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
TOSSE
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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
SOBRE O JORNAL
você ainda paga
para ler sem escrever
em árvores mortas
(Fabio Rocha)
*
Concordo com o que Jean-Francois Fogel diz abaixo... Mas, também concordo com o Cardoso: no Brasil, acho que ainda acontece muito pouco.
(Fabio Rocha)
“Jornalistas perderam a platéia silenciosa e admirada, desejosa de confiar em tudo que dissessem. A imprensa hoje é recebida com suspeita. A audiência prefere procurar pela informação por conta própria, usando sites e ferramentas da Internet para construir sua própria visão do que deveriam ser as notícias do dia”
“A Internet permitiu à audiência se tornar o jornalista, através de blogs, por exemplo. (…) Eu não acredito que o jornalismo seja tão importante que tenha que ser deixado nas mãos dos jornalistas. Isto é, mais ou menos, o que as pessoas que apóiam o “jornalismo cidadão” estão dizendo. Jornalismo é um negócio sério, sim, mas jornalistas e leitores atuam de formas diferentes. O problema para a imprensa agora é que ambas as partes são importantes. Imprensa e leitores estão casados e não podem se divorciar”
(Jean-Francois Fogel, aqui)
para ler sem escrever
em árvores mortas
(Fabio Rocha)
*
Concordo com o que Jean-Francois Fogel diz abaixo... Mas, também concordo com o Cardoso: no Brasil, acho que ainda acontece muito pouco.
(Fabio Rocha)
“Jornalistas perderam a platéia silenciosa e admirada, desejosa de confiar em tudo que dissessem. A imprensa hoje é recebida com suspeita. A audiência prefere procurar pela informação por conta própria, usando sites e ferramentas da Internet para construir sua própria visão do que deveriam ser as notícias do dia”
“A Internet permitiu à audiência se tornar o jornalista, através de blogs, por exemplo. (…) Eu não acredito que o jornalismo seja tão importante que tenha que ser deixado nas mãos dos jornalistas. Isto é, mais ou menos, o que as pessoas que apóiam o “jornalismo cidadão” estão dizendo. Jornalismo é um negócio sério, sim, mas jornalistas e leitores atuam de formas diferentes. O problema para a imprensa agora é que ambas as partes são importantes. Imprensa e leitores estão casados e não podem se divorciar”
(Jean-Francois Fogel, aqui)
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sábado, 21 de fevereiro de 2009
PASSOS
Ruas vazias do Rio de Janeiro
por onde passo, num sol danado
e me escondo sombrio
de qualquer folia
sem máscaras.
(Fabio Rocha)
P.S.: Odeio festas.
por onde passo, num sol danado
e me escondo sombrio
de qualquer folia
sem máscaras.
(Fabio Rocha)
P.S.: Odeio festas.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
MUSICAL MATINAL
dança de letras e significados
sob a regência do invisível
e um céu azul redondo
mais um dia começando
a se fazer sentir
e se fazer sentido
na ausência de relógios
(Fabio Rocha)
sob a regência do invisível
e um céu azul redondo
mais um dia começando
a se fazer sentir
e se fazer sentido
na ausência de relógios
(Fabio Rocha)
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
TEMEMOS
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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
ALEGRO
Numa noite de sincronia
na tempestade que se forma
e se expande, e se afirma, e se espalha
em raios
ouço a música do ser.
Cantam o mesmo, em harmonia
Heráclito, Drummond, Nietzsche, Ravel, Whitman, Jung:
o mundo, a vida, a vontade, o universo, você...
tudo
é
um.
(Fabio Rocha)
na tempestade que se forma
e se expande, e se afirma, e se espalha
em raios
ouço a música do ser.
Cantam o mesmo, em harmonia
Heráclito, Drummond, Nietzsche, Ravel, Whitman, Jung:
o mundo, a vida, a vontade, o universo, você...
tudo
é
um.
(Fabio Rocha)
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
TEMPO PARA SI
Enquanto o mar por trás dos prédios rosna
e a brisa de sempre, sempre diferente, venta
gaivotas passam num céu rosado em câmera lenta
e frases complexas sem muito significado morrem.
(Fabio Rocha)
e a brisa de sempre, sempre diferente, venta
gaivotas passam num céu rosado em câmera lenta
e frases complexas sem muito significado morrem.
(Fabio Rocha)
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
VALE TUDO?
No deserto estéril
cercado de moeda
por todos os ralos
me arrasto entre futuros
de pessoas feias mas confortáveis
e um impulso injusto e inafiançável
dentro desses dentes trincados cansados
quer seguir o belo
o bom
o justo
sem ter que escrever o que querem ler
apenas pra passar
de ano, de emprego, de vida.
(Fabio Rocha)
cercado de moeda
por todos os ralos
me arrasto entre futuros
de pessoas feias mas confortáveis
e um impulso injusto e inafiançável
dentro desses dentes trincados cansados
quer seguir o belo
o bom
o justo
sem ter que escrever o que querem ler
apenas pra passar
de ano, de emprego, de vida.
(Fabio Rocha)
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