Quando há noite
e me deito
e me cubro
com o pó preto
oriundo dos pneus
que a linha amarela lixa
constantemente
com seus carros passando sempre
sempre em alta velocidade
decididos a chegarem sempre
sem nunca chegar
(tiros ao longe)
meus olhos arranham aranhas
mas mesmo assim no entanto no quarto
durmo branco
até a serra
do vizinho em obras eternas.
(Fabio Rocha)
2 comentários:
Certos percursos, como um desse, não atrapalham meu sono (branco). Durmo independente das direções que penso em seguir.
Abraço!
Abração, Ígor!
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