Sentamos na sala de espera. O som do silêncio é o relógio de parede que quebra, por não estar quebrado - infelizmente. Dura três longos minutos. Fala-se, então, das novas descobertas científicas na revista que podem nos fazer viver mais. Me pergunto para quê. E a caverna subterrânea, da beira do profundo nos observa, repleta de silêncio e coisas escuras por dizer. Entreolhamo-nos, semiconscientes dela mas sem coragem. O não-dito. O relógio segue. Ninguém desce a si.
(Fabio Rocha)
6 comentários:
Nossa, quanta profundidade! Que silêncio seco. Sinto até o respirar pesado no ambiente, as desconfortáveis pausas no assunto, os olhares de soslaio...
Que lindo...
denso demais.
Não é um começo. Tem começo, meio e fim.
E se repete desde o princípio (dos tempos).
beijos orgulhosos :-)
Meu amor, que bom ter te tocado assim!! :) Beijos
o tic tac do relógio parece uma bomba no meio desse silêncio... muito denso, cena marcante.
Fabio, "peguei" um poema seu e coloquei no Literapura com os devidos créditos, espero que não se importe.
beijos
Legal, um prazer participar desse belo blog! Beijos
As salas de estar, às vezes, tornam-se salas de mal-estar, de se estar mal, de se sentir mal, basta que se vislumbre, por trás de suas cortinas,essa caverna de silêncios.
É verdade... Obrigado pela visita!
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