Na agonia da perda percebo a alegria Do que já se tinha.
Geez... Se um dia eu voltar a escrever, escrever de verdade, algo real, total e... dionisíaco (acho que essa é a palavra para meus poemas), creio que você será o responsável. Começo a acreditar que frequento seu blog em uma esperança de que, dependurando-me em algo que me recorde meu passado intenso, feliz, dinâmico e poético, eu volte a experimentar pelo menos uma mínima parcela dele. O momento mais alto do meu dia é, atualmente, o momento no qual leio suas postagens. Obrigado Fabio, seus poemas estão fazendo por mim mais do que qualquer coisa jamais conseguiu fazer.
Ja-ne. E lembre-se, aconteça o que acontecer, nós somos poetas. Juntamos as peças, remontamos o motor, e temos um novo poema (existe uma parte do meu poema "casa de papel" que refere-se a isso, já notou?).
Moisés, putzgrila cara, tô com lágrimas nos olhos aqui! Não sabe como eu precisava me sentir útil, me sentir não-monstro, me sentir fazendo bem a alguém nesses dias cinzas.
A parte a que se refere é das minhas preferidas do poema. E agora que você explicou isso, pareceu ainda mais bonita:
"Muitos já vieram destruí-la Sem esforço suas mãos a põem abaixo No dia seguinte, novamente está em pé Um novo cômodo, uma nova ala até"
Seu poema supracitado vai abaixo inteiro, pro povo leitor de comentário poder conhecer tá? :)
---
Casa de papel
Minha casa eu construo com paredes de papel Bases frágeis balançadas pelo vento Apoiadas únicamente em terra e pena e grafitti
Um dedo basta para a parede furar Um suspiro e toda a casa voar A força de um tropeço tira ela de lugar Uma borracha tem o poder de a apagar
Minha casa tem a porta aberta a quem quiser Obras de arte sem um guarda sequer Ainda assim nela vivo sozinho Nem ladrões ousam enfrentar o vazio
Minha morada tem o teto elevado Espaço para reis e dragões De olhos abertos é escura caverna De olhos fechados se ilumina com o sol
Muitos já vieram destruí-la Sem esforço suas mãos a põem abaixo No dia seguinte, novamente está em pé Um novo cômodo, uma nova ala até
Para quem olha com cuidado, as paredes têm marcas Em cinza claro de maneira organizada Hão palavras e palavras sons que são De cada verso, cada estrofe da canção
Minha casa tem paredes de papel Onde escrevo minha vida em poesia Minha casa está dentro de meu coração E dentro dela eu espero, hedonia e apostasia
2 comentários:
Em mais um re-make:
Na agonia da perda
percebo a alegria
Do que já se tinha.
Geez... Se um dia eu voltar a escrever, escrever de verdade, algo real, total e... dionisíaco (acho que essa é a palavra para meus poemas), creio que você será o responsável. Começo a acreditar que frequento seu blog em uma esperança de que, dependurando-me em algo que me recorde meu passado intenso, feliz, dinâmico e poético, eu volte a experimentar pelo menos uma mínima parcela dele. O momento mais alto do meu dia é, atualmente, o momento no qual leio suas postagens. Obrigado Fabio, seus poemas estão fazendo por mim mais do que qualquer coisa jamais conseguiu fazer.
Ja-ne. E lembre-se, aconteça o que acontecer, nós somos poetas. Juntamos as peças, remontamos o motor, e temos um novo poema (existe uma parte do meu poema "casa de papel" que refere-se a isso, já notou?).
Moisés, putzgrila cara, tô com lágrimas nos olhos aqui! Não sabe como eu precisava me sentir útil, me sentir não-monstro, me sentir fazendo bem a alguém nesses dias cinzas.
A parte a que se refere é das minhas preferidas do poema. E agora que você explicou isso, pareceu ainda mais bonita:
"Muitos já vieram destruí-la
Sem esforço suas mãos a põem abaixo
No dia seguinte, novamente está em pé
Um novo cômodo, uma nova ala até"
Seu poema supracitado vai abaixo inteiro, pro povo leitor de comentário poder conhecer tá? :)
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Casa de papel
Minha casa eu construo com paredes de papel
Bases frágeis balançadas pelo vento
Apoiadas únicamente em terra
e pena e grafitti
Um dedo basta para a parede furar
Um suspiro e toda a casa voar
A força de um tropeço tira ela de lugar
Uma borracha tem o poder de a apagar
Minha casa tem a porta aberta a quem quiser
Obras de arte sem um guarda sequer
Ainda assim nela vivo sozinho
Nem ladrões ousam enfrentar o vazio
Minha morada tem o teto elevado
Espaço para reis e dragões
De olhos abertos é escura caverna
De olhos fechados se ilumina com o sol
Muitos já vieram destruí-la
Sem esforço suas mãos a põem abaixo
No dia seguinte, novamente está em pé
Um novo cômodo, uma nova ala até
Para quem olha com cuidado, as paredes têm marcas
Em cinza claro de maneira organizada
Hão palavras e palavras sons que são
De cada verso, cada estrofe da canção
Minha casa tem paredes de papel
Onde escrevo minha vida em poesia
Minha casa está dentro de meu coração
E dentro dela eu espero, hedonia e apostasia
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