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minha poesia
se afia
no novo
estranho infinitamente
o novo homem
que os novos amigos
vêem
dançando com bocas vida afora
subindo e descendo
abismos e paixões infindáveis
executando planos de não planejar
eles não acreditariam
em minha origem silenciosa
sempre fui introvertido
tímido
calado
mesmo agora
no meio do caos
no centro
do epicentro da vida
quando dentes
e bocas
e vozes demais
me mastigam
há uma pausa
de quando em vez
no auge do momento de maior riso
me vem aquela seriedade de Batman
aquela falta de agora
vontade de janelas escapatórias
de olhar o nada
e o mais estranho é que não tem nome de mulher a falta
não tem nome de nada
me aceito poeta melancólico
e é quase um carinho e um reencontro
naquelas noites
quando a cidade geme de gente
em som e fúria
naquelas noites
eu caminho pros cantos
devagar quase parando
volto a ser meu porto
e no sereno
serenamente
o silêncio me acolhe
(Fabio Rocha)
2 comentários:
Gostei do poema, ah, e do Fred, sempre danço com ele (quem me dera...)
Valeu, Laríssima!
Esse documentário é genial...
Beijos
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