segunda-feira, 4 de outubro de 2010

OUVINDO DJAVAN NO ÔNIBUS PRO TRABALHO


a máquina ruge
engole seres que roncam
quer mais tempo deles
motores quentes
para manter o mundo girando

(e o mundo gira
mesmo sem máquina)

alheios a isso
homens e mulheres
(e seus desejos)
desfazem-se lentamente
em fumaça alva
na branca tez da manhã

(Fabio Rocha)

4 comentários:

Luiz Libório disse...

Que delícia esse poema!
("Branca é a tez da manhã...")

Fabio Rocha disse...

Valeu!

Cria disse...

Maravilha te ler ... e ao som de Djavan, estupendo !! Um beijo.

Fabio Rocha disse...

Obrigado, Cria. Bj