em conjunto roubamos
meu amigo
a poesia das horas
cada qual a seu mal, executamos auroras
nos espalhamos em letras e agoras
em bocas e espelhos antigos
antíteses antes que haja algum espaço
para o que chamam
vazio
silencio
essas dores, esses infinitos cacos
de amores platônicos
abissais abismais abismos
(pára-quedas sem laços
do que poderia ter sido)
(Fabio Rocha)
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