estendo a mão
pro amanhã
busco calma
na ânsia
porque falta
entre larvas e vermes
comedores de tempo
é preciso plantar o belo
permitir loucura
apressar a cura
porque falta
movo-me de novo
há muros sempre
chatices por fazer
e murros inúteis
com tanto a se perder
o tempo ruge
o dia rui
nos revolvemos em cinzas
porque falta
mas tenho pressa de verde
(Fabio Rocha)
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