Antes
era possível olhar o céu noturno
e imaginar...
Hoje
achamos que sabemos:
1 - científicos métodos classificatórios de astros por grandeza energética medida por instrumentos;
2 - distâncias calculáveis considerando-se a relatividade do espaço-tempo das partículas-onda quando em velocidades próximas à da luz;
3 - substantivos indicativos de conjunto decorados na infância uniforme para falar bonito;
4 - muitos outros números naturais que poderiam ser ordenados em ordem crescente neste poema longo, tendendo a mais infinito...
E, calmos, nos achamos mais certos. E mais sábios...
(Fabio Rocha)
Um comentário:
A essência do SONHO é mesmo essa: a capacidade de ver muito além do que os nossos olhos alguma vez poderão alcançar.
Felizmente que temos essa grandiosa liberdade!
E mais que “antes” deveremos sim continuar a “olhar o céu noturno” e não deixar de “imaginar”, “criar”, “voar”...
Por isso, “hoje achamos”: não há certezas, logo... como poderemos nós saber o que está “correto”?
«Bendito seja eu por tudo o que não sei
gozo tudo isso como quem sabe que há o Sol» (Fernando Pessoa)
Julgo que só algo nos dá certezas: o que o coração sente! Certo ou errado, o que ele sentir... também nós o sentimos, não há como evitar!
E, afinal, como tão bem percebemos em «Pedra filosofal» de António Gedeão, foi do sonho (precisamente porque o homem sonha e sente) que nasceram todas essas coisas correctas de que falas!
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