Ah, Adriane's, há homens tocando suas línguas até o céu. Não percebem que seu nome é grito em pele? E estes cantam quando pronunciam seu tão desejoso nome em soletramento. A-D-R-I-A-N-E-'s!
--- A curva dos teus olhos dá a volta ao meu peito É uma dança de roda e de doçura. Berço noturno e auréola do tempo, Se já não sei tudo o que vivi É que os teus olhos não me viram sempre. Folhas do dia e musgos do orvalho, Hastes de brisas, sorrisos de perfume, Asas de luz cobrindo o mundo inteiro, Barcos de céu e barcos do mar, Caçadores dos sons e nascentes das cores. Perfume esparso de um manancial de auroras Abandonado sobre a palha dos astros, Como o dia depende da inocência O mundo inteiro depende dos teus olhos E todo o meu sangue corre no teu olhar.
homem que jorra vinho em dedos. Lindo, ah, como é lindo! Sou remetida de que lindo é o olhar que é vencido pelo indizível e palavras declaram nudez. Encontro das mãos, grito submerso nos lençóis que exalam fragrância. No entardecer na praia, em delícia e espreguiçados, as retinas filtram a luz que sobra do dia. E se bebe o saberas, mesmo que a cegueira tente nos saquear, porque no abrir da porta está uma embriaguez perfeita.
Paz, agora vou indo e obrigada pela delícia de cantinho que é o teu.
6 comentários:
Ah, Adriane's, há homens tocando suas línguas até o céu. Não percebem que seu nome é grito em pele? E estes cantam quando pronunciam seu tão desejoso nome em soletramento. A-D-R-I-A-N-E-'s!
---
A curva dos teus olhos
dá a volta ao meu peito
É uma dança de roda e de doçura.
Berço noturno e auréola do tempo,
Se já não sei tudo o que vivi
É que os teus olhos não me viram sempre.
Folhas do dia e musgos do orvalho,
Hastes de brisas, sorrisos de perfume,
Asas de luz cobrindo o mundo inteiro,
Barcos de céu e barcos do mar,
Caçadores dos sons e nascentes das cores.
Perfume esparso de um manancial de auroras
Abandonado sobre a palha dos astros,
Como o dia depende da inocência
O mundo inteiro depende dos teus olhos
E todo o meu sangue corre no teu olhar.
Éluard, Paul (1895- 1952)
Abraços ave rara,
Priscila Cáliga
Lindo, Pri, obrigado!!!
Fabio,
homem que jorra vinho em dedos. Lindo, ah, como é lindo! Sou remetida de que lindo é o olhar que é vencido pelo indizível e palavras declaram nudez. Encontro das mãos, grito submerso nos lençóis que exalam fragrância. No
entardecer na praia, em delícia e espreguiçados, as retinas filtram a luz que sobra do dia. E se bebe o saberas, mesmo que a cegueira tente nos saquear, porque no abrir da porta está uma embriaguez perfeita.
Paz, agora vou indo e obrigada pela delícia de cantinho que é o teu.
Priscila Cáliga
Maravilhoso, poeta amigo !! Linda expressão ! Beijo.
Obrigado pelo sábado feliz. :)
muito bom.
o céu da boca é maior que o do mundo.
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