apenas tocar com palavras as almas semelhantes nos faz assim, querer mais, escrever mais, ser menos. mas não é matemática. não há equação que nos resolva a solidão que resta. o resto da divisão é sempre maior que zero, número primo. ah, meu Zeus, quanto tempo subtraí a essa existência calculando integrais e derivadas de senos e cossenos sabendo-se que coçava-se o saco nos planos superiores de carreira chata e monótona que agora me alcança, com bolsos cheios e coração vazio? talvez não. talvez não. talvez o problema seja mulher. talvez o problema seja eu. talvez, a falta de bebida e de drogas opiáceas. talvez não. talvez não haver Yoga nas sextas-feiras. talvez eu não conversar mais com o leitor, né, leitor, nem colocar maiúsculas onde deveriam... talvez a falta da análise do sonho da crença do encontro da esperança. talvez só a falta. a noite? a FALTA. talvez não.
(Fabio Rocha)
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