"Abrir o peito à força numa procura / Fugir às armadilhas da mata escura" (Eu caçador de mim - Luiz Carlos Sá e Sérgio Magrão)
quinta-feira, 15 de julho de 2010
(SNIKT) SCRIPT ÓRION
as árvores
olham-nos paradas
olham-nos caladas
(nós no escritório)
palestras motivacionais
em campos de concentração
agarras o parafuso
de um lado da grade
e torces
enquanto do outro lado
torcem a porca
pro mesmo lado
mais adiante
enxugam gelo
e mudam nomes
de secções
para novas siglas
novos chefes
novos cargos
novos postos
tudo igual
tento assinar embaixo
mas há garras nas minhas mãos
(Fabio Rocha)
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2 comentários:
A garra me agrada mais, meu irmão!
Belo poema, mais um. Enfim... sou suspeito. rs
Grande abraço!
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