quinta-feira, 29 de julho de 2010

QUANDO DO OUVIR AQUELE BRILHO INCONTROLÁVEL

quero uma caixa no fundo do mundo
pra prender meu desejo profundo

meu peito sem água
transbordou desde há muito
de tanta mágoa

entre o Buda e o Zorba
este louco não é nenhum dos dois
(norma a definir depois)

e o ciclo desvairado
de encontro e desencontro
cansa

tragam uma balança
pra mensurar a distância
entre o agora e a estrela
(estrelas sempre com ponta de lança)

amarrem meus braços:
quero não querer!

(Fabio Rocha)

8 comentários:

Adriana Godoy disse...

Adorei esse poema, meio metafísico, meio inquietante. A música DUETO de Chico é uma das que mais gosto, maravilhosa, coube bem ao texto. É isso, Fábio..."Danem-se os astros,os búzios, os signos..." Beijo.

Fabio Rocha disse...

Dri querida, tenho até medo quando começo a acertar a mão nos poemas... :)

Essa música é perfeita!

Obrigado!

Beijão

Nathalia disse...

Adorei seus poemas! Quanto a música, essa dispensa qualquer comentário. É Chico. E isso já é tudo. Ela cantada por ele e pela Nara Leão é uma das mais belas melodias que já ouvi.
Beijos e ótima quinta.

Ígor Andrade disse...

O mano Fabio está de volta!
Um belo poema (como das antigas)!

Fátima disse...

Belo texto! O querer é o primeiro passo pra realizar. O paradigma da impossibilidade é quebrado vez ou outra, felizmente. Bjs.

Fabio Rocha disse...

Obrigado, amigos. Igor, meu velho... PQP. Vai começar de novo. Rs. Abs

Amanda disse...

Gosto desses seus poemas que dão uma sensação de revolta, luta consigo mesmo...

lindo

Fabio Rocha disse...

Eu preferia ter paz. :)