terça-feira, 28 de setembro de 2010

FREIO

adio poemas
(trespassam adeuses chegadas oboés)
todas tantas que adio te ver deusa que és:
abismo que acalma
encontro desses brilhos de Netuno em que a alma geme
(ah, adolescência tardia na minha tarde quase noite)
adio o sagrado para quando mais paz e mais eu e menos foice
(dias, meses?)
então jazz aqui o meu silêncio todo teu
porcelana perfeita, frágil
e essas mãos imóveis em sua direção
pois do profundo mar no fundo de seus olhos
cada onda traz:
merecemos mais

(Fabio Rocha)

5 comentários:

Iuri disse...

sempre na medida poética ideal os seus escritos.

:)

Fátima Nascimento disse...

Gostei muito do que escreveu. Profundo e lindo. Bjs.

Anônimo disse...

Belísssimo!

bjs

Anônimo disse...

Nossa, perdi o ar...

Mas ainda tenho fôlego para dizer: lindo poema!

Fabio Rocha disse...

Obrigado!