quarta-feira, 18 de outubro de 2006

ANTI-BUDISTA

Eu queria muito
muitas vezes
fazer só poemas muito bonzinhos
visando o bem geral do todo
e a harmonia plena do lindo universo...

Mas não é sempre.

(Diga ao povo que minto.)

Às vezes, poema
é uma atividade mórbida
de transmover dentes e raivas e garras
redemoinhos de plexos solares borbulhantes
de dias inteiros, vidas inteiras de desprazer total
em palavras.

Para que te firam, não a mim.

(Fabio Rocha)

2 comentários:

Anônimo disse...

adimiro-te
sem conhecer-te
seria isto possível?
me encontrei em alguns versos teus
e me encontrarei mais à frente
em versos novos, teus também.

Ana Pérola Pacheco

Fabio Rocha disse...

<3