Pedra antes de tudo pedra
quantos infinitos
oceanos silenciosos
cheios de carinhos, algas e ostras
passaram sob ti?
E esse céu
pintado de auroras marginais
com sangue e vento
ornado de agora
desde sempre?
(Cresce verde em teus velhos musgos
e a noite vem enganar a todos
com a mudança)
(Fabio Rocha)
6 comentários:
Bacana vêio!
É um colorido novo quando estiver ali pela Macumba pegando umas ondas.
Abraços!
Ao ler este poema, instintivamente, ocorreu-me uma imagem, tal qual uma fotografia onde se encontravam registados cada pormenor da paisagem ( “a pedra” quieta e imponente, um mar calmo -“os oceanos silenciosos”-, as “algas”, as “ostras”, o “céu” avermelhado, “o musgo” verde) e onde se conseguia ainda sentir as emoções através do quente jogo de cores.
Magnífico este poema!
Absorvi esta paisagem (em especial a pedra) como a vida de alguém: pávida e serena – solitária até, mas forte e firme -, cujo tempo vai passando, levando e trazendo consigo os dias e as demais emoções, e a qual continua... pávida e serena... e firme na sua atitude expectante (face à sua impotência) perante as – constantes – mudanças!
Fábio :
Imagens inusitadas e um certo tom filosófico permeiam este poema.
Sei que deves falar da Praia do Pontal, prá lá da Barra da Tijuca, mas teu modo de poetar tem originalidade.
Abs.
Ricardo Mainieri
É da praia do pontal sim, obrigado, gente, pela leitura!
(Fiz após tentar escalar aquela bela pedra quando a maré tava baixa.) ;)
Lindo! Entrou pra minha lista de FAVORITOS dentre teus poemas. Consigo sentir o sabor das palavras deliciosamente colocadas. E imaginar (lembrar) a cor, o cheiro da paisagem...
Beijos
meus
Postar um comentário