quero uma caixa no fundo do mundo
pra prender meu desejo profundo
meu peito sem água
transbordou desde há muito
de tanta mágoa
entre o Buda e o Zorba
este louco não é nenhum dos dois
(norma a definir depois)
e o ciclo desvairado
de encontro e desencontro
cansa
tragam uma balança
pra mensurar a distância
entre o agora e a estrela
(estrelas sempre com ponta de lança)
amarrem meus braços:
quero não querer!
(Fabio Rocha)
8 comentários:
Adorei esse poema, meio metafísico, meio inquietante. A música DUETO de Chico é uma das que mais gosto, maravilhosa, coube bem ao texto. É isso, Fábio..."Danem-se os astros,os búzios, os signos..." Beijo.
Dri querida, tenho até medo quando começo a acertar a mão nos poemas... :)
Essa música é perfeita!
Obrigado!
Beijão
Adorei seus poemas! Quanto a música, essa dispensa qualquer comentário. É Chico. E isso já é tudo. Ela cantada por ele e pela Nara Leão é uma das mais belas melodias que já ouvi.
Beijos e ótima quinta.
O mano Fabio está de volta!
Um belo poema (como das antigas)!
Belo texto! O querer é o primeiro passo pra realizar. O paradigma da impossibilidade é quebrado vez ou outra, felizmente. Bjs.
Obrigado, amigos. Igor, meu velho... PQP. Vai começar de novo. Rs. Abs
Gosto desses seus poemas que dão uma sensação de revolta, luta consigo mesmo...
lindo
Eu preferia ter paz. :)
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