"Abrir o peito à força numa procura / Fugir às armadilhas da mata escura" (Eu caçador de mim - Luiz Carlos Sá e Sérgio Magrão)
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
ATRÁS
tantas máscaras de rir
de dar bom dia
do dia-a-dia
na frente de máscaras de querer secreto
de planejar futuros
de estar orgulhosamente ocupado
de ter o carro do ano
ou uma esposa só sua
de filosofar com razão
ou crer em Deus padrão
ou na ciência
ou não
e no fundo de todas as máscaras
no auge da percepção
não há um rosto
mas o vazio
o mesmo vazio
que preenche o universo
e faz as flores se abrirem durante a noite
(Fabio Rocha)
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3 comentários:
Como sempre, surpreendendo...
Parabéns Fábio... Você é um poeta incrível!
Abs
Maravilhoso!
Tarefa dificil , retirar máscaras.
Bjs
"A vida é oca como a toca de um bebê sem cabeça", já dizia Caetano Veloso. Me lembrou dele. Escrevi algo assim hoje cedo, mas mais prosa e menos... menos livre. Qualquer dia publico.
Ficou muito bom :) Gosto dos seus pequenos, mas esse maior deu mais base pra visualizar o poema. Parabéns!
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