"Abrir o peito à força numa procura / Fugir às armadilhas da mata escura" (Eu caçador de mim - Luiz Carlos Sá e Sérgio Magrão)
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
DO BALANÇO DO BARCO
um poema
não como busca
mas como encontro
um poema
aceitação
além de respostas
ou perguntas
todos vão
vêm
nada firme
nada vãos
como estão
de quando em quando
um valsar leve
de ternuras
rodopios
de paixão
e passo atrás
ou não
trens lotados de sono
sono lotado de trens
e essa mesa parada
balançando na água
no nada
sobretudo
mãos dadas enquanto mãos dadas
ondas enquanto ondas
instantâneas fotos
ilusão de versos:
diversas formas
arte_ficiais
de alongar
o agora
fatos que sempre enjoavam
agora ninam
e ninarão enquanto ninarem
nem um segundo além
(Fabio Rocha)
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4 comentários:
PoeMÃO!
Perfeito!!!
http://odesdezaraminko.blogspot.com/
Vê se gosta, nobre poeta! Já vi vários poemas seus brincarem com filosofia da linguagem!
Impecável, poeta amigo !
"de quando em quando
um valsar leve
de ternuras
rodopios
de paixão
e passo atrás"
pois eh...
;)
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