sexta-feira, 1 de outubro de 2010

DO BALANÇO DO BARCO


um poema
não como busca
mas como encontro

um poema
aceitação

além de respostas
ou perguntas

todos vão
vêm
nada firme
nada vãos
como estão

de quando em quando
um valsar leve
de ternuras
rodopios
de paixão
e passo atrás
ou não

trens lotados de sono
sono lotado de trens
e essa mesa parada
balançando na água
no nada
sobretudo

mãos dadas enquanto mãos dadas
ondas enquanto ondas
instantâneas fotos
ilusão de versos:
diversas formas
arte_ficiais
de alongar
o agora

fatos que sempre enjoavam
agora ninam

e ninarão enquanto ninarem
nem um segundo além

(Fabio Rocha)

4 comentários:

Ígor Andrade disse...

PoeMÃO!

Zaraminko disse...

Perfeito!!!


http://odesdezaraminko.blogspot.com/
Vê se gosta, nobre poeta! Já vi vários poemas seus brincarem com filosofia da linguagem!

Cria disse...

Impecável, poeta amigo !

Unknown disse...

"de quando em quando
um valsar leve
de ternuras
rodopios
de paixão
e passo atrás"


pois eh...

;)